Chefões da Lava Jato voltam ao local do crime
Ato de filiação de Dallagnol aconteceu no Hotel Malibu, onde a Lava Jato promovia suas coletivas de imprensa
Por Miguel do Rosário, jornalista, na Fórum
Na sexta-feira, 10 de dezembro, os dois chefões da Lava Jato se encontraram em Curitiba.
Um – Sergio Moro – era o chefe da Lava Jato no judiciário. Outro, Deltan Dallagnol, era o chefe no Ministério Público.
O encontro se deu no ato de filiação de Deltan Dallagnol ao Podemos.
Segundo matéria publicada na página do Podemos, Dallagnol deverá se candidatar a deputado federal pelo estado do Paraná.
Moro filiou-se ao mesmo partido há algumas semanas, e de lá para cá, tem rodado o país e dado entrevistas como pré-candidato a presidente da república.
O termo “chefões da Lava Jato” deve ser entendido aqui na pior acepção possível, de líderes de máfia, milícia ou organização criminosa, que é como devemos classificar a operação coordenada pela chamada “República de Curitiba”.
Um dos clichês da literatura policial, de que o criminoso sempre volta ao local do crime, pode ser aplicado neste caso, pois o ato de filiação de Dallagnol aconteceu no Hotel Malibu, onde a Lava Jato promovia suas coletivas de imprensa.
Agora imagine, só imagine, se esses dois delinquentes, Moro e Dallagnol, tivessem conseguido botar a mão nos quase R$ 4 bilhões (em valores atualizados) que iriam para a “Fundação Lava Jato”?
Lembrando: a fundação seria financiada através de uma das inúmeras tramoias que Moro e Dallagnol usaram para extorquir dinheiro das empresas investigadas. No caso, Dallagnol ajudou a justiça americana a condenar a Petrobrás a pagar uma multa multibilionária, já de olho numa parte do dinheiro.
A propósito, publiquei uma reportagem no Cafezinho, com chats inéditos da Operação Spoofing, que ajudará o internauta a entender essa história tenebrosa da fundação.
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