Política

Cartel do asfalto fraudou licitações de R$ 1 bilhão no governo Bolsonaro, aponta TCU

Jorge Oliveira, indicado por Bolsonaro, de quem é amigo, não suspendeu o início de novas obras ligadas às licitações sob suspeita


Foto: Adriano VizoniAnel viário de Imperatriz (MA), obra da Codevasf realizada pela Engefort
Anel viário de Imperatriz (MA), obra da Codevasf realizada pela Engefort

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) revelou a atuação de um cartel de empresas de pavimentação em fraudes a processos licitatórios na estatal Codevasf durante governo do presidente Jair Bolsonaro. O valor desviado soma mais de R$ 1 bilhão, revelou o relatório do órgão fiscalizador.

O TCU apontou que um grupo de empresas atuou conjuntamente em licitações tanto em Brasília, sede da estatal, quanto em superintendências regionais espalhadas pelo país. A construtora Engefort seria a principal beneficiada do esquema, amealhando uma quantia de R$ 892,8 milhões em editais – a maioria no ano de 2021.

Apesar disso, o ministro do TCU responsável pela relatoria do caso, Jorge Oliveira não suspendeu o início de novas obras ligadas às licitações suspeitas de fraude, contrariando assim o parecer técnico do tribunal. Oliveira foi indicado ao TCU por Bolsonaro.

A Codevasf faz parte do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e foi comandada por Rogério Marinho (PL-RN) na maior parte do período a que se referem as denúncias. Marinho assumiu este mês a coordenação da campanha de Jair Bolsonaro no Rio Grande do Norte e foi eleito senador pelo estado na última eleição.

Em nota, a estatal afirmou que “os procedimentos licitatórios da instituição são realizados de acordo com leis aplicáveis, por meio do portal de compras do governo federal, e são abertos à livre participação de empresas de todo o país”.

Com informações do Dcm 

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