Eleições 2024

Boulos vai ganhar a eleição de SP, afirma Renato Rovai


Boulos vai ganhar a eleição de SP, afirma Renato Rovai
Renato Rovai e Guilherme Bolous

Segundo pesquisa Datafolha divulgada pela Folha de S.Paulo, a rejeição a um candidato apoiado pelo presidente Lula na cidade de São Paulo é de 45%. Por outro lado, mais de 60% dos eleitores da capital paulista descartam a possibilidade de apoiar candidatos a prefeito que recebam o respaldo de Jair Bolsonaro.

A despeito da falta de equivalência da comparação, a mesma pesquisa revela que, em São Paulo, 29% dos eleitores se identificam com o PT, enquanto 17% preferem Jair Bolsonaro.

Atualmente, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) – que é apoiado por Bolsonaro – e o candidato do PSOL, Guilherme Boulos – cuja vice é Marta Suplicy, que retorna ao PT – estão empatados nas intenções de voto. Mas há algo que aponta para uma vitória da esquerda na capital paulista.

“A história política de São Paulo tem um fato inusitado: a cada 12 anos ganha um candidato de esquerda. É a vez da esquerda ganhar novamente”, afirmou Renato Rovai, diretor de redação da Fórum

Rovai relembra a eleição de Luísa Erundina em 1988, à época no PT. Depois do seu mandato, vieram as gestões Paulo Maluf e Celso Pitta, que marcaram os anos 90 em São Paulo. No ano 2000, 12 após Erundina, foi a vez de Marta Suplicy se eleger na capital paulista pelo PT.

Passado o mandato de Marta Suplicy, vieram os mandatos de José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM/PSD). Novamente, doze anos após a eleição de Marta e duas gestões de direita, a esquerda voltou à Prefeitura de São Paulo com Fernando Haddad (PT) em 2012. Dessa vez, depois das gestões João Doria e Bruno Covas/Ricardo Nunes, se seguido o padrão, seria o momento de Guilherme Boulos levar a Prefeitura com o apoio do PT.

Mas essa não é a única razão pela qual Boulos venceria as eleições. O Datafolha trouxe um dado interessante e que foi pouco explorado nos meios de comunicação: 24% dos entrevistados se posicionam como sendo de centro no espectro político enquanto 36% se colocam como centro-direita, 31% como esquerda ou centro-esquerda e 26% se declaram de direita.

A pesquisa não consultou a respeito da extrema direita, mas em todo caso mostra as forças políticas em equilíbrio. Há um outro dado que aponta que 45% dos eleitores não votariam em alguém apoiado por Lula, mas a mesma pergunta acerca de Bolsonaro revela uma rejeição de 60%. Nesse contexto, não dá para dissociar Ricardo Nunes de Bolsonaro, seu aliado e cabo eleitoral.

“Há indícios, nessa pesquisa, muito fortes, de que no segundo turno entre Boulos e Nunes, Boulos pode ganhar. E aí eu quero ir além: Boulos vai ganhar. Estou afirmando. Tive uma reunião com uma pessoa que acompanha pesquisas qualitativas sobre as eleições de São Paulo a algum tempo, e essa pessoa me diz o seguinte: ‘Rovai, quando você tem Nunes versus Boulos no segundo turno, Nunes ganha com 5 ou 6 pontos de diferença. Ainda tem uma rejeição ao Boulos. Porém, quando as candidaturas são apresentadas completas, de um lado Boulos com Marta e apoio de Lula, e de outro lado Nunes com Mello e apoio de Bolsonaro e Tarcísio, essa diferença se inverte: Boulos passa a ter 4% ou 5% a mais que Nunes’. Ou seja, as chances são grandes”, contou Rovai.

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