Educação

Alunos são proibidos de repetir refeições nas escolas de SP

Pais temem que mudança na distribuição de merenda prejudique alunos carentes e comprometa a alimentação nas escolas


Reprodução Alunos são proibidos de repetir refeições nas escolas de SP
Alunos são proibidos de repetir refeições nas escolas de SP

Pais de alunos de escolas municipais no Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo, denunciaram que seus filhos estão sendo proibidos de repetir a merenda nas instituições de ensino.

Gessica de Jesus Lopes, mãe de três alunos, contou à TV Globo que as crianças receberam fichas que davam direito a uma refeição na hora da merenda, mas sem a possibilidade de repetir. “Como que você nega comida para uma criança? Se a criança não está satisfeita, e ela não pode comer de novo? Isso é um absurdo”, desabafou Gessica.

Segundo informações de pais, a mudança na distribuição da merenda ocorreu após a troca da empresa responsável pela alimentação nas escolas da região, realizada no dia 4 de novembro. O novo procedimento fez com que os pratos de almoço chegassem já preparados, sem a possibilidade de os alunos escolherem o que querem comer ou a quantidade que desejam.

Gessica explicou que muitos aluno passam necessidade e dependem da refeição fornecida pela escola. Ela ressaltou que é comum que as crianças gostem da comida servida ou precisem comer mais para se alimentar adequadamente. “Isso é o tipo de coisa que não pode acontecer”, afirmou a TV Globo.

A Prefeitura de São Paulo, em nota, confirmou a troca da empresa terceirizada responsável pela alimentação nas escolas da região do Campo Limpo, mas assegurou que as refeições são fornecidas aos alunos na quantidade que desejarem e podem ser repetidas. No entanto, em relação ao lanche, a Prefeitura explicou que a divisão de nutrição escolar recomenda a oferta de um lanche por estudante por dia, considerando que muitos alimentos oferecidos são industrializados, como biscoitos e pães.

A mudança na forma de distribuição das refeições gerou preocupações entre os pais, que temem que as crianças não recebam o suficiente, especialmente aquelas que não têm outras fontes de alimentação fora da escola. Alguns pais expressaram a sensação de que a medida prejudica os alunos mais carentes, que muitas vezes não têm acesso a comida adequada em casa.

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