A mentira acompanha Nikolas Ferreira jovem ou idoso! Foi Bolsonaro quem revogou fiscalização e facilitou golpes contra aposentados
“Quem roubou, vai pagar”, garante governo Lula

Um esquema bilionário de fraudes envolvendo descontos indevidos em aposentadorias do INSS, que começou a se estruturar durante o governo Jair Bolsonaro (PL), resultou em prejuízos estimados em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. A revelação do escândalo gerou forte reação do governo Lula (PT), que tenta agora conter os danos e responsabilizar os envolvidos, ao mesmo tempo em que enfrenta ataques da oposição.
A origem da crise remonta a uma série de mudanças legislativas iniciadas ainda em 2019, quando Bolsonaro editou uma Medida Provisória com o objetivo de tornar mais rigoroso o controle sobre os descontos aplicados a benefícios do INSS. A proposta original previa a revalidação anual desses abatimentos, mas o Congresso alterou o texto, estendendo o prazo para três anos. Mesmo com as mudanças, o presidente sancionou a MP sem vetos.
Em 2021, uma nova medida tratou do tema, adiando o início da revalidação para 2022, com possibilidade de prorrogação. Novamente, o Planalto optou por aprovar o texto na íntegra. No entanto, em março de 2022, uma terceira MP foi aprovada e sancionada por Bolsonaro, revogando por completo a exigência de revalidação. O texto, que teve amplo apoio no Congresso, retirou qualquer mecanismo de fiscalização, sem criar uma alternativa para evitar abusos — o que abriu espaço para fraudes massivas envolvendo sindicatos e associações conveniadas ao INSS.
A negligência do governo à época passou despercebida, mas as consequências começaram a aparecer no atual governo. Em abril de 2025, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram a Operação Sem Desconto, que desarticulou um esquema criminoso que usava dados falsos de aposentados para realizar descontos não autorizados. A operação levou à queda do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e à renúncia do ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Governo Lula promete responsabilizar fraudadores: “Quem roubou, vai pagar”
Diante da gravidade do caso, o advogado-geral da União, Jorge Messias, anunciou uma série de medidas emergenciais para responsabilizar os autores da fraude e garantir a reparação às vítimas.
“Esta fraude não começou neste governo, mas vai terminar nele”, afirmou Messias em coletiva de imprensa.
Entre as ações adotadas estão:
Exoneração imediata de servidores envolvidos;
Apoio total às investigações da Polícia Federal e da CGU;
Criação de um grupo de trabalho para identificar responsáveis e garantir ressarcimento;
Aplicação da Lei Anticorrupção às entidades fraudadoras, incluindo:
Quebra de sigilos bancário e fiscal;
Bloqueio de contas e atividades financeiras;
Suspensão de associações envolvidas;
Apreensão de passaportes e bens, incluindo criptomoedas;
Ingresso da AGU como assistente de acusação nos processos criminais;
Apresentação de um plano de ressarcimento excepcional às vítimas.
Disputa política nas redes sociais
Apesar de as mudanças legais que facilitaram o esquema terem ocorrido sob Bolsonaro, a oposição tenta associar o escândalo ao governo atual. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) publicou um vídeo nas redes sociais acusando o presidente Lula. A gravação viralizou e atingiu a marca de 100 milhões de visualizações em apenas 24 horas, amplificando a pressão política.
Integrantes do governo classificaram a acusação como uma tentativa de manipular a narrativa. “A omissão não foi nossa. Estamos lidando com os efeitos de um desmonte promovido nos anos anteriores”, disse uma fonte da Casa Civil.
Enquanto as investigações avançam, o caso deve continuar repercutindo no cenário político, com potencial para influenciar debates legislativos e a imagem pública dos principais envolvidos.
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