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Vídeo: tatu estava com sede, rapaz dá água (na mão) para o animal

O fato aconteceu em estrada de Goiás

 
Foto: sonoticiaboaTatu bebendo agua
Tatu bebendo agua

sonoticiaboa - O vídeo de um rapaz dando água para um tatu com sede no acostamento de uma estrada, em plena seca em Goiás, está emocionando as pessoas 

O operador de restroescavadeira Nelson Cardoso, de 32 anos, voltava do trabalho de moto, sob o sol escaldante, nesta quinta, 16, quando viu o bichinho à beira da estrada, na região de Claudinápolis. Ele não aguentou e parou para ajudar.

“Ele estava lá, naquele calorão desgramado, eu tinha água na garrafa ainda e falei esse bichinho tá com sede. Foi dito e certo. A hora que eu joguei a água no chão ele veio doido”, contou Nelson Cardoso em entrevista ao Só Notícia Boa.

Nas imagens o tatuzinho toma água no chão, na mão do Nelson e chega também a ficar de pé para beber mais um pouquinho. (assista abaixo)

“Eram 5 horas da tarde, aquele sol quente, escaldante, poeira. Na hora que joguei água no chão, ele sentiu o cheiro e veio perto e nós viramos amigos… ô bichinho! Por esse ato, ele deixou encostar nele, passar a mão nele, já virou íntimo”, comemorou.

Aprendeu com o avô

Essa sabedoria de tratar bem os animais, Nelson disse que aprendeu com o avô. A família dele tem uma fazenda em Santa Bárbara de Goiás e ele foi criado no meio dos bichos.

“A gente foi criado aqui na roça com o meu avô e ele sempre mostrou pra gente como tratar as criações. Aqui na fazenda, gado, cachorro, gato tem mais prioridade que a gente, contou.

Nelson explicou porque se compadece quando vê um bichinho sofrendo:

“Um ser humano passar sede, passar fome é doído, difícil. Mas o ser humano pode pedir, usar da sua inteligência, agora a criação que não tem como expressar que está sofrendo”, lembrou.

Coisa normal

“A repercussão do vídeo até me assustou um pouco porque é uma coisa normal aqui pra minha família, a gente poder salvar, ajudar. Eu fiquei mais feliz por esse vídeo ter tido essa repercussão porque além de me alegrar, me deixar mais motivado a fazer boa ação, isso incentiva outras pessoas né?”

“[As pessoas podem pensar] Olha a repercussão que deu esse rapaz salvar o tatu. Elas podem tentar fazer o mesmo, né? Em vez de matar por prazer, poder preservar e cuidar também, poder ajudar”, analisou.

E perguntamos como o Nelson ficou depois de ter matado a sede e colocado o tatuzinho de volta na mata. O bom rapaz de Goiás surpreendeu de novo:

“Quem saiu com prazer maior dali, quem saiu salvo dali, fui eu. Não foi o tatuzinho não, porque eu saí com o prazer da missão cumprida e com o prazer de poder ter contato com ele. É muito bom. Fico muito satisfeito”, concluiu.

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