Vídeo– Morador é filmado sendo racista com porteira: ‘Grava, macaca! Chimpanzé, você não presta’
Ela filmou ainda uma ligação do sujeito, já em seu apartamento, no momento em que ele ameaça de descer com um revólver

Uma porteira de um prédio residencial do Jardim Goiás, em Goiânia, denuncia que foi vítima de injúria racial e ameaça enquanto trabalhava. As informações são do G1.
O caso aconteceu nesse domingo (18) e um vídeo mostra os xingamentos e agressividade do morador:
“Grava, macaca! Chimpanzé! Chipanga! Me encara, desgraça”.
Veja o vídeo:
O racista quer ficar famoso gente , bora dar aquela força ? pic.twitter.com/xrBoE6Ytfw
— Nando Cabuloso ? (@FernandoCabulo3) April 19, 2021
De acordo com a porteira, que preferiu não ter a identidade divulgada, a discussão começou porque o morador chegou de carro em frente ao portão da garagem e piscou os faróis, querendo entrar sem se identificar. A funcionária explicou que não poderia abrir para qualquer um que fizesse um sinal e que precisava que o homem se identificasse, o que irritou o morador. Minutos após ofendê-la pessoalmente e de subir ao apartamento onde mora, ele ligou na portaria e continuou com a discussão. A mulher questiona o motivo de estar sendo ofendida, e ele responde:
“Porque você não presta, desgraça. Você é uma merda, abaixo de zero”.
O homem ainda ameaça a porteira dizendo que é policial e que vai descer até ela armado: “Vou meter minha arma na cintura e vou aí resolver”.
O nome do morador é Vinícius Pereira da Silva. A Polícia Civil também não o encontrou para conduzi-lo à delegacia e colher depoimento. A corporação informou que ainda não confirmou se o morador realmente é um policial, conforme se identificou à porteira.
O delegado Eduardo Carrara mora no mesmo condomínio e, quando soube do problema, foi à portaria para dar assistência à vítima, que estava nervosa e emocionalmente abalada por causa do episódio de agressões verbais. De acordo com o policial, não é a primeira vez que este morador causa alguma confusão no condomínio. Quem investiga o caso é o delegado Gil Fonseca Bathaus, responsável pelo 8º Distrito Policial de Goiânia. Segundo ele, o caso está registrado como ameaça e injúria racial.
“Ouvimos três testemunhas e a vítima. O autor não foi localizado na casa dele, mas deixamos a intimação para ele seja ouvido aqui amanhã. Se ele tivesse sido localizado na hora, ele já teria sido autuado em flagrante porque a pena excede dois anos [de prisão], mas ele havia evadido”, explicou ao G1.
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