VÍDEO – Cantora gospel é agredida pelo marido em shopping no Rio e irmão pede ajuda: “Tortura”
Não é a primeira vez que a violência do marido se manifesta

Quem vê o perfil da cantora gospel e modelo, Quesia Feital, no Facebook, imagina que ela tem a família perfeita. No dia 25 de outubro, ela postou uma foto ao lado do marido, Bruno Feital, e escreveu:
“Bora ali com maridão. Família é a base. Grata a Deus!!”.
Antes disso, ela já tinha dito a seus 5 mil seguidores, ao postar foto com o marido e o filho pequeno:
“Família Feital. Amo tanto.”
Ontem, 22 de novembro, o irmão, Juninho Black, que também é cantor gospel, quebrou o silêncio em torno da violência doméstica a que Quesia era submetida.
Ele postou um vídeo, que já circulava na rede social, em que Quesia aparece com o braço torcido pelo marido e gritos de pessoas que a socorreram, no Américas Shopping Recreio RJ.
Juninho Black diz que a irmã já vem sofrendo com violência doméstica há tempos.
“O AGRESSOR é o atual marido dela, @brunofeitaloficial, que vem a agredindo há mais de um ano. Minha irmã vem sofrendo tortura psicológica, abuso emocional, agressões físicas e coação. Resolvi trazer a público o caso agora depois de perdoá-lo várias vezes. Ele a agrediu dessa vez em público e repercutiu através do Instagram @recreionosso e outros grupos”, afirmou.
“Família, não quero que minha irmã caia nas estatísticas de feminicídio. Tenho outros vídeos de agressões em público local e as autoridades ainda não colocaram esse animal na cadeia. A gente só acredita quando acontece dentro da nossa família, e infelizmente dessa vez está ocorrendo com minha irmã”, acrescentou.
No Brasil, segundo dados mais recentes, uma mulher é assassinada a cada nove horas, em razão do gênero, isto é, o feminicídio, quando ela morre por ser mulher.
Seja por violência doméstica ou de outro tipo, em que o assassino age motivado por alguma circunstância ou fato específico da condição de gênero.
Conforme reportagem da Agência Brasil, na primeira atualização de um relatório produzido a pedido do Banco Mundial, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) destaca que os casos de feminicídio cresceram 22,2%, entre março e abril deste ano, em 12 estados do país, comparativamente ao ano passado.
Intitulado de "Violência Doméstica durante a Pandemia de Covid-19", o documento tem como referência dados coletados nos órgãos de segurança dos estados brasileiros.
A violência doméstica atinge todas as classes sociais e ambientes, inclusive no meio gospel, como se vê.
Muitas vezes, por trás de uma postagem que indique o paraíso, existe um inferno. Foi isso que levou Juninho Black a se manifestar.
O cantor gospel já havia se manifestado na semana passada contra outro mal do Brasil, além do feminicídio: o racismo. Numa postagem de um artista evangélico, comentou:
“Filhos da puta. Fogo neles!”
Está certo, em ambos os casos.
Evangélico é, antes de tudo, cidadão.
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