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Vão ter que enfrentar o povo, diz Wellington sobre Lula

Vão ter que enfrentar o povo, diz Wellington sobre Lula

Ao comentar a condenação de Lula por Moro, o governador Wellington Dias relevou que ainda quando líder sindical foi detido oito vezes pela Policia Federal somente por ajudar a produzir um boletim jornalístico da época. Foi anistiado pela Constituição Federal de 1988, como muitos brasileiros.
Para ele, quem cometeu um crime deve pagar por ele. "Se alguém cometeu crime, se praticou corrupção, matou, ou qualquer outro, tem que pagar por ele. Mas não é razoável um juiz colocar num papel que condena uma pessoa a 9 anos e 6 meses de prisão só por que foi Presidente da República", declarou.
Lula foi absolvido de duas das três acusações feitas contra ele. "Não encontraram nenhum centavo de Luís Inácio Lula da Silva em conta no Brasil e no exterior. Vasculharam a casa dele, investigaram sua família, mataram Marisa Letícia. Conheço o Lula. Não ha ninguém mais desapegado de bens do que ele", observa.
Para Dias, a Justiça brasileira está brincando com a inteligência do povo. O relatório do juiz Sérgio Moro diz que o apartamento está em nome de um pessoa jurídica chamada Construtora OAS e que Lula "não quis" passar para o nome dele. "Como assim? Não ha nenhuma prova porque simplesmente o apartamento não é de Lula. Na verdade Lula e Marisa foram ao apartamento mas ao ver que a construtora tinha obras com o Governo Federal, por uma questão de ética, ele tomou a decisão de não comprar. Assim como também na história do barco, que era uma canoa motorizada. Quantas calúnias mais vão inventar?", indaga Wellington.
ELEIÇÃO 2018
O que esta por trás da decisão de Moro, diz Wellington, é a eleição presidencial de 2018 (a sentença condena Lula a 19 anos sem ocupar qualquer cargo ou função pública). "Se quiserem cumprir a Constituição vão ter que engolir que Lula é inocente. Eles olham para o lado e não tem nenhum candidato para enfrentar Luís Inácio em 2018. É isso que está em jogo", afirma, acrescentando: "Podemos ganhar ou perder, mas se quiserem ganhar vão ter que enfrentar o povo. Vão ter que ir de cada em casa atrás de voto", ressaltou.
O governador do Piauí clama pela defesa do ser humano, acima de tudo, e pela defesa da democracia brasileira. "Temos que ser muito cuidadosos. Estamos falando de condenar, de colocar a vida de uma pessoa em desgraça", observou relatando o caso de um amigo do ministro do Supremo Tribunal Federal Jose Múcio que foi erroneamente citado no escândalo Sanguessuga, sofreu absurdamente e depois foi absolvido por falta de provas. "Estou defendendo Lula não porque é do meu partido, mas porque não há provas contra ele. E em defesa da democracia que devemos caminhar juntos, independente de partido", finalizou.
Por Sâmia Menezes

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