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Taxa de transmissão de Covid-19 volta a crescer no Brasil, aponta Imperial College

Após queda, taxa de transmissão da doença no Brasil volta a limite do descontrole

Foto: AMANDA PEROBELLI / REUTERSApós recuo, Brasil volta a aumentar taxa de transmissão medida pelo Imperial College de Londres.
Após recuo, Brasil volta a aumentar taxa de transmissão medida pelo Imperial College de Londres


Com informações Revista Fórum

Levantamento divulgado nesta terça-feira (8) pelo Imperial College de Londres aponta que a taxa de transmissão do novo coronavírus no Brasil, o chamado Rt, voltou a ser 1. Ele tinha ficado em 0,94 na semana anterior, o menor índice desde abril.

O número indica que cada pessoa contaminada pelo novo coronavírus o transmite a mais um brasileiro. E ele é o limite do descontrole da epidemia. Taxas inferiores a 1 indicam que a transmissão está sendo reduzida. Com esse número, a epidemia volta a ser considerada “ativa” no país.

O cálculo é feito com a partir das estatísticas oficiais compiladas até domingo (6). Na semana que passou, o Brasil contabilizou 5.741 mortos, com uma projeção de 5.710 a 6.320 novos óbitos para esta semana.

A aceleração do contágio foi divulgada após o fim de semana prolongado pelo feriado do Dia da Independência, em que as cenas de praias lotadas se repetiram pelo Brasil. A alta concentração de pessoas, sem distanciamento mínimo, é ambiente propício para a transmissão do Sars-Cov-2, vírus transmissor da doença.

E, na análise que o Imperial College fez dos números, parece até que essas aglomerações foram enxergadas por lá. Os pesquisadores dizem que, para todos os índices, “a notificação de mortes e casos no Brasil está mudando; os resultados devem ser interpretados com cautela”.

Isso porque, lembram eles, deve ser considerado o tempo de incubação do novo coronavírus, que leva duas semanas. Durante ou após esse período, a taxa de contágio pode voltar a subir.

No levantamento desta semana, a taxa do Brasil ficou em 35º lugar no mundo, entre 72 países avaliados. Lidera a lista a Espanha (2,5), seguida por Itália (1,53), Nigéria (1,36) e Turquia (1,31). Não estão incluídos na avaliação, por exemplo, Estados Unidos e China.

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