Sinto muito, mas Lula está em boa companhia

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Por Ricardo Noblat, jornalista, no Metrópoles 

É sobre a guerra quando Lula diz:

“Nunca vi uma violência tão brutal, tão desumana contra inocentes. Se o Hamas cometeu um ato de terrorismo, o Estado de Israel também está cometendo um ato de terrorismo.”

Como foi sobre a guerra quando antes Lula dissera:

“Se eu sei que está cheio de criança aquele lugar, pode ter um monstro lá dentro que eu não posso matar as crianças porque eu quero matar o monstro. Eu tenho que matar o monstro sem matar as crianças.”

Não é diferente do que Lula disse bem mais atrás:

“Primeiro, vamos salvar as crianças e as mulheres, aí depois se briga com quem quiser brigar.”

O governo de Israel está furioso com o que Lula tem dito. Mas, por acaso, as falas de Lula são mentirosas? Podem não ser nem um pouco diplomáticas, mas ele é um líder político.

Israel é um Estado democrático, o único no Oriente Médio. Não pode combater o terror com terror, sacrificando a vida de inocentes como fez o Hamas. Do contrário ficará igual a ele.

Lula tem falado o que muitos chefes de Estado, aliados de Israel, gostariam de falar, mas não ousam. Em resumo, Lula tem dito: parem com essa guerra insana. É o que o Papa Francisco pede.