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Saúde abrirá leitos pediátricos para enfrentamento de síndromes respiratórias no Piauí

Governo declarou situação de emergência em saúde pública em decorrência do aumento de casos e internações hospitalares por (SRAG) em crianças.

Foto: ReproduçãoSíndrome respiratória aguda em crianças
Síndrome respiratória aguda grave em crianças

 

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) vai abrir leitos pediátricos na rede de saúde estadual para o enfrentamento de casos de Síndromes Gripais e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A medida atende ao decreto 22.206, do Governo do Estado, que declara situação de emergência em saúde pública em decorrência do aumento de casos e internações hospitalares por (SRAG) na população pediátrica do Piauí.

O plano de enfrentamento definido pela Sesapi prevê a abertura de dez leitos de UTIs no Hospital Infantil Lucídio Portella (Hilp), além de garantir mais 73 leitos com suporte respiratório nas unidades estaduais voltados para os atendimentos de síndromes respiratórias.

De acordo com dados da Sesapi, no primeiro semestre de 2023 foram registradas 1.303 internações por SRAG. O pico das internações ocorreu em maio, com um total de 400 notificações, o que representou 31% de todas as internações do semestre, sendo 40% dessas internações referentes ao público de 0 a 5 anos.

De janeiro a fevereiro houve um decrescimento no número de internações e, a partir do mês de março, iniciou-se um aumento expressivo e consecutivo das notificações, chegando a 43% em relação ao mês anterior. Já em abril o aumento foi de 71% em relação a março. 

"Além desses leitos reservados para o atendimento de casos de SRAG também estamos trabalhando a ampliação da vacinação de nossas crianças junto aos municípios, uma vez que a vacina é uma das principais formas de evitar complicações e a evolução de casos graves. Tudo isso é focado em evitar um cenário de aumento de casos das síndromes respiratórias graves”, explica Joselma Oliveira, assessora técnica da superintendência de gestão de média e alta complexidade.

De acordo com as informações coletadas no Sive Gripe, apesar dos meses de janeiro e fevereiro apresentarem o menor número de internações por SRAG, houve uma maior necessidade de internações desses pacientes em UTI. Nos meses de janeiro e fevereiro, 32% e 20% dos pacientes internados necessitaram de UTI. Enquanto nos demais meses, esse percentual variou de 13 a 17%.

Em março e junho, por exemplo, Teresina foi responsável por 95 e 96% das internações. Parnaíba foi a segunda cidade em percentual de internações.

O superintendente de média e alta complexidade, Dirceu Campêlo, ressalta que não há estrangulamento de leitos. “Estamos tomando uma medida de prevenção para garantir leitos para quem precisar. É importante que pais e responsáveis adotem medidas para reforçar a higienização e evitar o adoecimento”, disse o superintendente de média e alta complexidade, Dirceu Campêlo.

Com informações da Sesapi 

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