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Renan diz que CPI não vai 'miar' e pedirá indiciamento de Bolsonaro

Previsão é que texto final seja apresentado e votado na segunda quinzena de outubro

Foto: Carta CapitalSenador Renan Calheiros
Senador Renan Calheiros

O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou nesta terça-feira (5) que o relatório final "com certeza" vai pedir o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro. As informações são do G1.

Renan foi questionado sobre o tema por jornalistas na chegada à comissão. 

"Com certeza será [indiciado]. Nós não vamos falar grosso na investigação e miar no relatório. Ele com certeza será, sim, pelo o que praticou", disse o relator. 

A CPI chegou à reta final dos trabalhos. A previsão é de que o relatório seja apresentado e votado na segunda quinzena deste mês. 

Depois que o relatório for aprovado pela CPI, será enviado ao Ministério Público, que decidirá se acata ou não os pedidos de indiciamento. 

Nesta terça, a CPI ouve o sócio-administrador da empresa VTCLog, Raimundo Nonato Brasil. A comissão quer saber se a VTCLog foi favorecida irregularmente em contratos com o governo.

Outros pedidos de indiciamento

Renan disse ainda que, além do presidente, devem entrar na lista de pedidos de indiciamento também ministros e “aquelas pessoas que tiveram participação efetiva no gabinete paralelo, no gabinete do ódio e todos aqueles que tiveram responsabilidade no desvio de dinheiro público e da roubalheira”. 

“Essas pessoas serão responsabilizadas. Nós utilizaremos os tipos penais do crime comum, do crime de responsabilidade, do crime contra a vida, do crime contra a humanidade e estamos avaliando com relação a indígenas a utilização do genocídio”, afirmou continuou o relator. 

A cúpula da CPI prevê o pedido de indiciamento de ao menos trinta pessoas no relatório final comissão de inquérito. A leitura do documento está prevista para o dia 19 de outubro, e a votação no dia 20. 

Próximos passos

Renan Calheiros também afirmou que a partir do próximo dia 15 terá o relatório pronto e conversará individualmente com cada membro da comissão sobre o texto. 

Após a votação, o relator prevê que o documento seja encaminhado a diferentes órgãos. 

“Há uma informação muito importante: nós vamos enviar para a Procuradoria-Geral da República apenas o que couber à PGR. E vamos destrinchar [o relatório], para mandar para o Ministério Público do Distrito Federal, de São Paulo, de outros estados, para o Tribunal de Contas da União”, afirmou o relator.

Ele detalhou que a procuradoria tem um prazo de 30 dias, estabelecido pela legislação das comissões de inquérito, para avaliar o relatório. 

“Vamos, adicionalmente, entregar os elementos probantes juntados ao longo dos nossos trabalhos tanto à CPI da Câmara Municipal de São Paulo, quanto da CPI da Assembleia Legislativa de São Paulo e ao Ministério Público de São Paulo”, afirmou. 

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