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Recomendada pela Nasa, brasileira é aprovada em 10 universidades fora do país

Aos 19 anos, Nicolly Alves superou falta de grana, transtorno de ansiedade e sonha em estudar mecânica quântica e cinema

Foto: DivulgaçãoNicolly Alves
Nicolly Alves

R7 - Moradora de Diadema, Nicolly Alves, 19 anos, superou adversidades financeiras e psicológicas — é portadora de transtorno de ansiedade generalizada — e, após dois anos tentando, foi aprovada em dez universidades internacionais: oito nos Estados Unidos, uma na Itália e outra na Coréia do Sul.

"Pensei: se der errado, deu errado. Ou eu aprendo com isso, ou eu tento de novo", contou ela. 

A jovem, que sonha em trabalhar na Nasa, órgão federal americano voltado à exploração espacial, foi criativa ao apresentar suas cartas de recomendação: uma de um ex-engenheiro da agência e outra de um ilustrador da Marvel. 

A jornada de Nicolly começou em maio de 2022, quando criou uma conta em uma rede social site focada em negócios. Sem saber como funcionava, ela adicionou centenas de pessoas, incluindo astrofísicos, engenheiros, inventores e diretores famosos.

Entre eles, Ed Lantz, um engenheiro de tecnologia de entretenimento, e Craig Elliot, um artista com passagens por empresas como Disney, Marvel e Sony.

Em sua carta, Lantz diz que Nicolly é "brilhante". "Seu talento, sua ambição e seu jeito de pensar em tópicos tão desafiadores."

Já Elliot falou sobre o potencial da estudante. "Há uma combinação muito rara de competências, comuns nas pessoas mais bem-sucedidas. Quando vejo uma delas, sei o que serão capazes de fazer. A Nicolly é uma dessas pessoas."

Em sua redação pessoal, comum nesse tipo de processo seletivo, Nicolly escreveu sobre o avô, que morreu de um câncer no cérebro. Interessada em ciência e em cinema, falou sobre o Multiverso, teoria científica que defende a existência de múltiplos universos e realidades paralelas.

"Eu tenho o grande sonho de conseguir atrelar a mecânica quântica, que é um dos tópicos da física, ao mundo dos filmes."

Nicolly escolheu estudar na Whittier College, na Califórnia, para a qual ganhou uma bolsa de US$ 30 mil (cerca de R$ 146 mil), que inclui moradia, alimentação e seguro de saúde. Mas ainda precisa de mais US$ 35 mil (cerca de R$ 170 mil) para demais custos.

Para isso, criou uma vaquinha online e tem se conectado a engenheiros da SpaceX, empresa de transportes aeroespacial de Elon Musk. 

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