Pensar Piauí

Quando um governo se torna insuportável

Até quando o Brasil, continuará assistindo, o circo de horrores representado por essa extrema-direita que assumiu o poder?

Foto: Google ImagensAté quando?
Até quando?

Até quando o estado democrático de direito, as instituições, no Brasil, continuarão assistindo, impassivelmente, o circo de horrores representado por essa extrema-direita que assumiu o poder e segue atentando contra a democracia, em todos os sentidos? A cada dia, a sociedade se depara com fatos chocantes e bizarros, como a contínua e acelerada destruição da floresta amazônica, sem que o Governo Federal tome medidas verdadeiras de combate à devastação. Ao contrário, o que se vê é a prevaricação das autoridades.

E crime de prevaricação se configura em crime de responsabilidade, neste caso, atribuído ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e ao próprio presidente Jair Bolsonaro, que se omitem quanto ao enfrentamento do problema. Publicamente, sustentam um discurso dúbio de não assumir a gravidade da situação ambiental e, por outro lado, defender a exploração “sustentável” das riquezas naturais, condição que se sobrepõe, na visão oficial, à necessidade de preservação da biodiversidade.

Para estupefação geral, ao invés de governar, no sentido de preservar e combater a destruição, Bolsonaro culpa o ator norte-americano Leonardo DiCaprio por supostamente financiar organizações não governamentais (ONGs), que, segundo o presidente da República, são as responsáveis pelas queimadas. Sem qualquer prova, Bolsonaro afirmou que o ator teria enviado US$ 500 mil para ONGs com o intuito de “tacar” fogo na floresta. Ao fazer esse tipo de coisa, o presidente desvia o foco de quem de fato está destruindo a Amazônia.

Destruição do meio ambiente

É esse tipo de gente que controla o poder no País, e os poderes pouco ou nada fazem, até agora, para apurar as responsabilidades diretas e indiretas de Bolsonaro e seu ministro, que deveria ter seu cargo renomeado para ministro da Destruição do Meio Ambiente. E quando um presidente comete crime de responsabilidade é passível de impeachment. Aliás, a deposição de Bolsonaro, por crime de responsabilidade, poderia ser motivada não só por prevaricar, no que tange a proteção ambiental.

A quebra de decoro, no exercício do cargo presidencial, em inúmeras oportunidades, também seria o suficiente para apeá-lo do poder pela via democrática do impeachment. Mas até agora nada se fez diante das idiossincrasias bolsonaristas. Até quando? Bem, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, um dos inimigos principais da choldra que cultua Bolsonaro, é um exemplo de que as instituições se cansaram do presidente, seus filhos, assessores mais próximos e ministros mais importantes.

Mendes revogou decisão que suspendeu as investigações do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, em relação ao senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente. Flávio tem contra si fortes indícios de enriquecimento ilícito, participação em organização criminosa, prática da “rachadinha”, envolvimento com a milícia, etc., etc., etc. Seus dois irmãos, Eduardo e Carlos, igualmente acumulam uma série de suspeitas tantas. Enquanto isso, o desgoverno segue impune, está ultrapassando todos os limites e pode sofrer reveses.

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