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Senadores do PT votam sim para a PEC dos precatórios e petista protesta

Bancada petista explica mudança de posição citando benefícios conquistados com desidratação e alterações na Emenda Constitucional

Foto: ReproduçãoVotação no Senado
Votação no Senado

Quem acompanhou o resultado da votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos Precatórios no Senado Federal ficou se questionando sobre os porquês da bancada do PT, com exceção do senador Jean Paul Prates, que se absteve, ter votado a favor da medida, uma vez que à época da votação na Câmara os parlamentares petistas travaram uma longa guerra contra a PEC e criticaram duramente os deputados de centro-esquerda que foram a favor, como parte dos pedetistas da casa.

Entre as justificativas dadas pela bancada do PT para a votar em favor da até então malograda PEC que previa um calote monumental, está a materialização do Auxílio Brasil, que, por se tratar de um programa de socorro às populações mais vulneráveis, ganhou o apoio da legenda, historicamente ligada à promoção de medidas de caráter social e idealizadora do revolucionário Bolsa Família, mesmo tecendo críticas à forma improvisada e pouco segura como a iniciativa do Auxílio Brasil foi concebida.

Uma nota oficial do próprio Partido dos Trabalhadores no Senado da República fez questão de frisar que foi por meio das alterações propostas pela sigla ao governo, que acabara por dar outra face ao texto, que o Brasil hoje vê a real possibilidade de se implantar um projeto de auxílio de renda permanente, ainda mais forte para o socorro dos mais pobres, por meio de um gigantesco orçamento de R$ 120 bilhões.

“Graças a propostas do Partido dos Trabalhadores acatadas pelo governo, o texto insere na Constituição o direito à renda básica familiar, torna permanente o programa de transferência de renda para os mais pobres (no texto anterior o pagamento era só para 2022) e carimba os R$ 120 bilhões liberados exclusivamente para gastos sociais”, assinala o trecho do documento divulgado pela bancada do PT no Senado, que lembra a necessidade de que esse texto modificado da PEC seja ainda aprovado outra vez na Câmara.

O único senador dos seis petistas com mandato atualmente no Senado a não votar favoravelmente à PEC dos Precatórios, Jean Paul Prates (PT-RN), argumentou que sua posição jamais foi contra qualquer programa de distribuição de renda que auxilie os brasileiros que deles necessitam, mas sim contra o formato precário do Auxílio Brasil, que em nada se parece, em termos de robustez, com o Bolsa Família. Para ele há contradições entre reformas que tiram direitos que são aprovadas na casa e outras também aprovadas para “combatê-las”.

Diante de toda essa polêmica, o jornalista Oscar de Barros comentou sobre a votação dos senadores petistas na "PEC do Calote".

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