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PSB formaliza apoio a Lula

A legenda pessebista faz nesta quinta o XV Congresso Constituinte da Autorreforma do partido

Foto: DivulgaçãoCongresso PSB
Congresso PSB

 

O PSB oficializou ontem apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a eleição presidencial. A legenda pessebista faz nesta quinta o XV Congresso Constituinte da Autorreforma do partido.

"Seja muito bem-vindo, presidente Lula, ao Partido Socialista Brasileiro", saudou o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. "Haveremos de vencer este governo nefasto nas próximas eleições", acrescentou.

O dirigente afirmou que o partido pretende apresentar propostas ao comitê de campanha da chapa Lula-Alckmin. "A contribuição eleitoral é muito importante, mas é igualmente importante a contribuição que o partido possa dar nesse momento", disse.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou a necessidade de o País retomar a soberania nacional. O petista também criticou a atual política de preços da Petrobrás, que varia de acordo com a cotação do dólar no exterior. 

"Não tem nada de dolarizar preço do combustível, do gás, do óleo diesel. Esse negócio de dolarizar é juntar dinheiro para pagar dividendos sobretudo para acionistas de Nova York. O dinheiro deve ser utilizado para ciência e tecnologia, criação de pequenas e médias empresas. A qualidade de um País soberano a gente mede pela qualidade do salário, da educação, da saúde, da vida na sociedade!", disse Lula no Congresso do PSB.

O ex-presidente disse que o povo precisa "acordar e ter um café com leite todo dia, o direito de almoçar todo dia, jantar, dormir tranquilo que não vai ter uma criança morrendo por desnutrição". "Já provamos que é possível. A fome, a falta d’água, o desemprego, a evasão no Nordeste era falta de vergonha na cara de quem governou este País".

"Vamos reduzir a inflação, aumentar o salário mínimo. Pequeno e médio agricultor vão viver digninamente", continuou.

Alckmin

Em seu discurso, Lula falou da aliança com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB). "Isso se chama maturidade, compromisso com o país, com o povo brasileiro. Nunca o Brasil precisou tanto de nós. Não é eleição de um conjunto de pessoas, é mais do que isso. O resultado é que a sociedade está precisando de alguém para salvar este país, para reeditar a soberania deste país. Nunca foi tão necessário, Alckmin, a gente ganhar uma eleição", disse Lula. "Nem você vai ter tempo de brigar comigo, nem eu com você. Vamos brigar para recuperar a dignidade, qualidade de vida do povo brasileiro", afirmou.

Bolsonaro

O ex-presidente criticou Bolsonaro. "Esse cidadão, que não preside esse país, preside os milicianos, terminou apenas 5% da obra e está fazendo propaganda como se fosse ele que tivesse levado a água do São Francisco para os estados que precisavam desta água. Não respeita instituições, não respeita ninguém. Só sabe conversar com seus comparsas milicianos e contar sete mentiras por dia", disse. 

Lula prometeu um orçamento participativo e disse que vai acabar com essa "podridão" do orçamento secreto. 

O ex-governador Geraldo Alckmin também saudou Lula e lembrou que foi adversário dele nas eleições presidenciais de 2006. "Hoje estamos unidos por um dever. A política é olhar o interesse público, das pessoas. É mudar o Brasil, recuperar este país", disse Alckmin, que também criticou Bolsonaro.

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