Saúde

Polícia prende falso médico que trabalhava em ala Covid

Ele fez mais de 3 mil atendimentos sob o nome de um profissional que registrou queixa na 12ª DP (Copacabana)

  • quarta-feira, 19 de maio de 2021

Foto: ReproduçãoPolícia do Rio prendeu o falso médico em UPA de Realengo
Polícia do Rio prendeu o falso médico em UPA no Realengo


Rio de Janeiro – Agentes da 12ª DP (Copacabana) prenderam o falso médico Itamberg Oliveira Saldanha, de 31 anos, quando ele ainda dava plantão na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), da Secretaria Estadual de Saúde, em Realengo, zona oeste, nessa terça-feira (18/5). Segundo a investigação, ele realizou mais de três mil atendimentos desde janeiro com o registro do Conselho Regional de Medicina (CRM) em nome do médico Álvaro Pereira de Carvalho, que registrou queixa na delegacia. O caso foi relatado pelo jornal O Globo.

Em nota, a Polícia Civil informou que “Itamberg atendia na sala amarela, na ala de pacientes com Covid-19, e chegou a ser vacinado contra a doença. Foi localizado um atestado de óbito assinado por ele na UPA, além de um carimbo com os dados do médico Álvaro Pereira de Carvalho”.

Veja o vídeo da prisão:

 
As investigações começaram após Álvaro ter procurado a delegacia para relatar que seu nome e CRM estavam sendo utilizados por um homem. Itamberg foi vacinado contra a Covid-19 também utilizando os dados do verdadeiro médico.

Delegada titular da 12ª DP, Bianca Lima manifestou sua indignação pelo fato de o criminoso estar trabalhando na ala para pacientes da Covid-19. “É uma doença na qual os pacientes podem ter quadros que evoluem muito mal e forma rápida. Então o tratamento precisa de um olhar bem especializado, técnico. É uma situação absurda”, declarou.

Itamberg admite ter abandonado a faculdade

Aos investigadores, Itamberg revelou que cursou medicina na Universidade Gama Filho até o sexto período, mas ficou sem dinheiro e largou a faculdade. Ele próprio admitiu não ser médico.

Por conta da fraude, o rapaz deve responder pelos crimes de tentativa de estelionato, falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão da medicina.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que vai abrir um processo administrativo para apurar a contratação do falso médico, assim como as responsabilidades administrativas da Organização Social que faz a gestão da unidade. “Ressalta que está sendo criada a Subsecretaria de Fiscalização de Contratos de Gestão, visando aprimorar os processos de gestão de todos os contratos e serviços realizados pela secretaria”, diz um dos trechos.

Siga nas redes sociais

Deixe sua opinião: