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Picos: Oposição diz que prefeito não tem competência para suspender campanha e mantém atividades e passeatas

Somente a Justiça Eleitoral pode tomar a decisão, segundo assessoria de candidatura

Foto: Reproduçao redes sociaisAraujinho fará campanha hoje com uma caminhada em Picos
Araujinho fará campanha hoje com uma caminhada em Picos

A coligação “Pra fazer diferente” (PT, MDB, Pode, Patriota, Cidadania, PC do B e PL), que tem como cabeça de chapa a prefeito de Picos, Araujinho, da oposição, vai manter as atividades de campanha, apesar da publicação do decreto municipal, na última quinta-feira, suspendendo reuniões, comícios, carreatas, passeatas e demais eventos políticos ou atos de propaganda eleitoral.

No decreto, o prefeito de Picos, José Walmir Lima, alega que o crescimento de casos de Covid-19 no município precisa ser contido, e que as atividades de campanha que reúnem aglomerações precisariam serem suspensas. Assim, o decreto proíbe as atividades do dia 25 de outubro até o dia 8 de novembro, uma semana antes do pleito eleitoral.

Segundo a assessoria jurídica da coligação “Para fazer diferente”, o prefeito de Picos, José Walmir Lima, não tem competência para suspender atos eleitorais, já que é uma atribuição apenas da Justiça Eleitoral.

“Alguns candidatos já entraram de forma individual com mandado de segurança para garantir a continuidade da campanha, mas só da coligação entendemos que o ato do prefeito é nulo de pleno direito”, afirma o assessor jurídico da coligação, Tiago Sanders.

Na tarde desta segunda-feira (26) haverá, inclusive, uma caminhada da coligação no bairro São Vicente.

Sanders acusa ainda o decreto municipal de ser eleitoreiro, pois o atual prefeito apoia a candidatura de Gil Paraibano e por isso quer dar menos visibilidade à oposição.

Sobre os casos de Covid, Tiago afirma que a propagação da doença em Picos está é diminuindo, e não subindo, segundo o próprio site do Município.

“Tínhamos cerca de 100 casos de Covid por dia e agora estamos tendo uma média de 20. E menos da metade dos leitos do principal hospital da cidade estão ocupados por pacientes com Covid. No auge da pandemia, a ocupação estava perto de 80%. Então não se pode dizer que os casos estão subindo”, afirma o advogado.

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