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PIB do Piauí cresce mais de 5%

PIB do Piauí cresce mais de 5%

Em 2014, o Produto Interno Bruto (PIB) do Piauí, que representa a soma de todas as riquezas produzidas no estado, teve uma expansão de 5,3% em relação ao ano anterior. Em valores correntes, o PIB foi de R$ 37.7 bilhões. "Esse resultado revela que o Piauí continua no longo ciclo de crescimento, não sendo afetado pela crise que já se manifestava no país em 2014", afirmou o presidente da Fundação CEPRO, Antonio José Medeiros, em solenidade na manhã desta segunda-feira (28), no Palácio de Karnak.
Os dados do Piauí, divulgados pela Fundação CEPRO, são melhores do que o PIB nacional. No Brasil, o PIB registrou um leve incremento de 0,5% em 2014, atingindo um patamar de R$ 5,7 trilhões em valores correntes .
Segundo o governador do Estado, Wellington Dias, o PIB 2014 do Piauí apresentou uma diferença importante em relação ao anterior; “tivemos de novidade uma maior diversificação de todos os setores, em especial o setor de serviços e o setor de produções. Há porém um outro setor que está crescendo bastante, que tem um potencial gigante, que é o de produção irrigada”, explicou. Dias se mostrou otimista em relação ao desenvolvimento do estado, apesar da crise que assola o país. “Estou animado com os números apresentados. Nós crescemos muito, mas temos que crescer muito mais. O Piauí já está sendo olhado no Brasil como um lugar de oportunidades”, finalizou.
Depois de obter uma taxa de crescimento de 2,3%, em 2013, o Piauí continua expandindo, em função, sobretudo, das atividades da Agropecuária. Nos últimos três anos (2012-2014), o Estado acumulou um crescimento de 13,7 %, o que representa uma média anual de 4,6 %, enquanto o país, no mesmo período, acumulou um crescimento de 5,4 %, representando uma média 1,8 % ao ano.
Em 2014, as exportações piauienses apresentaram um resultado favorável, com um incremento de 56,16% em relação ao ano anterior, atingindo o montante de US$ 255,9 milhões. Enquanto as importações expandiram 25,16%.
A arrecadação total de impostos (ICMS, FPE, IPVA) alcançou uma taxa de crescimento real. O ICMS, imposto de maior peso no Estado, cresceu no período 11,30%. Por sua vez, a arrecadação do IPVA e do FPE teve variação positiva de 15,52% e 8,97%, respectivamente.
No campo da oferta de trabalho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED, o Piauí obteve, em 2014, um saldo de 7.305 novos empregos com carteira assinada, o que representa um crescimento de 12,51% em relação ao registrado no ano de 2013, quando foram gerados 6.493 novos postos de trabalho.
Os maiores crescimentos na oferta de empregos formais foram observados nas atividades Comércio e Serviços. O setor da economia que mais gerou postos de trabalho foi o de Serviços, com 3.594 postos.
Em termos de variação real do PIB, houve crescimento de 5,3% em comparação ao ano anterior. O Piauí ocupa a 22ª posição no ranking das maiores economias do Brasil, com 0,7% na participação da riqueza nacional e é o 8º do ranking do Nordeste.
No ano de 2014, o Piauí alcançou um PIB per capita de R$ 11.808,08, ante R$ 9.824,74 em 2013. O PIB per capita corresponde à divisão do PIB pela população residente. Em termos comparativos, o PIB per capita do Brasil é de R$ 28.500,24. A maior renda per capita do país é a de Brasília (R$ 69.216,80) e a menor do Maranhão (R$ 11.216,37).
O setor Agropecuário melhorou a sua participação na estrutura produtiva estadual, passando de 6,37%, em 2013, para 7,42% em 2014, aumentando, portanto, 1,05 pontos percentuais. A pecuária e a agricultura tiveram incremento de 9,64% e 74,44%, respectivamente, nas taxas de crescimento do Valor Adicionado.
O comportamento da indústria se dividiu entre experimentação de altas, a exemplo da Indústria de Transformação (4,12%), a Indústria da Construção Civil (1,42%) e experimentação de quedas, a exemplo da Indústria Extrativa Mineral (0,59%), e da Indústria de Utilidade Pública (11,21%) em comparação com o ano de 2013.
A retração na Indústria de Utilidade Pública foi ocasionada, em especial, pela atividade de gestão de resíduos e recuperação de materiais. Quanto à Construção Civil, observou-se um discreto crescimento no ano de 2014.
O setor Serviços apresentou declínio na sua participação em 2014, saindo de 81,30% em 2013, para 76,67% do Valor Adicionado do PIB Estadual, motivado, sobretudo, pela administração pública; comércio e atividades profissionais, científicas e técnicas, com índices de 31,18%, 16,03% e 4,58% respectivamente.
O Comércio perdeu participação em relação ao ano 2013, caindo de 18,47% para 16,03% em 2014. Contribuíram para a retração as vendas dos comércios atacadista e varejistas e comércio das famílias produtoras.

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