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PF faz operação contra Carlos Bolsonaro e envolvidos na 'Abin paralela'

Policiais federais cumprem 21 mandados de busca e apreensão

Foto: DivulgaçãoCarlos Bolsonaro
Carlos Bolsonaro

 A Polícia Federal deflagrou uma nova etapa da Operação Vigilância Aproximada, com o objetivo de investigar criminosa que infiltrou-se na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A investigação revelou práticas ilegais de monitoramento de autoridades públicas e outras pessoas, utilizando ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.Um dos alvos é o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho de Jair Bolsonaro (PL).

A casa na praia de Mambucaba, em Angra dos Reis (RJ), estava vazia quando a corporação chegou para a operação de busca e apreensão contra Carluxo. Eles haviam saído às 5h da manhã para pescar e ainda não haviam retornado. A operação vazou e a turma embarcou em uma lancha para escapar do vexame.

Ao todo, os agentes da Polícia Federal estão cumprindo 21 mandados de busca e apreensão, bem como medidas cautelares diversas da prisão. Entre as medidas adotadas, destaca-se a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais. As diligências estão sendo realizadas em Brasília (18), Juiz de Fora (1) e São João Del Rei (1), em Minas Gerais, e no Rio de Janeiro/RJ (1).

A operação desta segunda-feira é uma continuação das investigações iniciadas na Operação Última Milha, deflagrada em 20 de outubro de 2023. As evidências obtidas naquela ocasião indicaram que a organização criminosa estabeleceu uma estrutura paralela dentro da ABIN, utilizando recursos e serviços da agência para atividades ilícitas. Tais ações incluíam a produção de informações com objetivos políticos e midiáticos, visando benefícios pessoais e até mesmo a interferência em investigações conduzidas pela Polícia Federal.

Os investigados poderão responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, sem a devida autorização judicial ou com objetivos não autorizados por lei.

Segundo a Folha de S. Paulo, "na nova fase da operação, o foco principal foram policiais que atuavam na Abin, em especial no CIN (Centro de Inteligência Nacional), estrutura criada durante a gestão Bolsonaro".

Na última quinta-feira (25), a Polícia Federal deflagrou a Operação Vigilância Aproximada, para investigar o esquema criminoso de espionagem ilegal na Abin. O grupo monitorava ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.

Com informações do 247

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