Pedro Cardoso compara Beyoncé com Tracy Chapman e causa polêmica

Foto: Reprodução

Tracy Chapman, Pedro Cardoso e Beyoncé

O ator Pedro Cardoso começou 2024 provocando polêmica. No instagram ele disse preferir Tracy Chapman a Beyoncé ao fazer crítica à indústria fonográfica. 

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Com isso Cardoso revoltou fãs da cantora Beyoncé e acabou praticamente cancelado. 

Pedro Cardoso afirmou que, Beyoncé, uma das maiores estrelas da música pop, “vende a vida” para alçar tamanho sucesso.

Veja a íntegra do que ele escreveu: 

Bom ano. A mim, mais me toca a arte de Trace Chapman do que a de Beyonce. Seria gosto… Mas a minha questão aqui é a razão de a Beyonce ser mais consumida do que Trace. A mesma pergunta eu posso fazer para outros pares de artistas cujas as artes eu admiro mais do que a de outros, igualmente bons artistas, e mais consumidos do que os que prefiro. E desconfio que o maior sucesso comercial das “Beyonce” frente as “Chapman” se deve aquelas venderem, além de sua arte, também a sua vida pessoal. Cito a própria Tracy, no wikipedia: “Tenho uma vida pública, que é a do meu trabalho; e uma vida pessoal”. Hoje, há mais consumo de biografia espetacularizada de artistas do que de arte. Os jornais noticiam como fatos da cultura os namoros, os negócios, os treinos, os crimes etc e, principalmente, a vida sexual dos ditos “famosos”! Quase nada dizem sobre a arte deles! Mesmo porque, mais das vezes, pouca arte é produzida pelos artistas inventados pela indústria de biografias espetaculares; o que produzem é mesmo mais os escândalos de suas intimidades inventadas. Não gosto nem desgosto especialmente de Beyonce mas da vida pessoal de Tracy eu nada sei; da de Beyonce, sem que eu procure, chegam-me mil fofocas. Para fazer o sucesso comercial tal qual o de Beyonce é preciso um empenho de promoção tão milionário qto os milhões que se quer ganhar. A arte não se presta ao comércio tanto quanto bem mais se presta a vida sexual dos artistas. Sexo vende-se mais facilmente que poesia. Mas a demanda por fofoca sexual, há. Mas, além de haver, é, e muito, estimulada a ser insaciável. Quem muito vive a vida dos outros, busca distrair-se da sua, eu acho; e me parece natural. Problema para mim é se fazer um comercio ganancioso que não apenas atende a uma demanda psicológica natural mas a super excita artificialmente fabricando contos de fadas sexuais exuberantes de famosos. E nisso, a arte se torna um adorno secundário da vida pessoal dos artistas. A indústria que vende biografias íntimas de artistas é tão rica hoje que ela mesma produz os artistas sem arte que explora. E os artistas autênticos, e suas artes, circulam menos pelo planeta. Sem vender a vida, “Beyonces” não venderiam tanto.