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Pazuello: “Vamos vacinar 50% do país até junho e 50% até dezembro”

Ministro da Saúde criticou, no Senado Federal, o que chamou de "pressão política" na compra de vacinas

Foto: Igor Estrela/MetrópolesPazuello esteve no Senado para falar da crise em Manaus e da pandemia
Pazuello esteve no Senado para falar da crise em Manaus e da pandemia

Pressionado por senadores sobre a compra de vacinas contra o novo coronavírus, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, prometeu que o governo federal irá “vacinar todo o país em 2021”: “50% até junho e 50% até dezembro”. Pazuello foi convidado por senadores para dar esclarecimentos sobre o trabalho da pasta no combate à pandemia.

A senadora Rose de Freitas (MDB-ES), autora do requerimento de convite ao ministro, confrontou o chefe da Saúde sobre o total de doses já adquiridas pelo governo federal e que estão sendo aplicadas. Em resposta à parlamentar, Pazuello criticou o que chamou de “pressão política”. Segundo ele, isso teria travado a compra dos imunizantes.

“O contrato do Instituto Butantan que fechamos é completo, de 100 milhões de doses. A única diferença, entre as 46 primeiras [milhões de doses] e depois de 64 [milhões de doses], é a entrega. Isso estava no contrato. Mas por uma pressão política precisamos, mesmo sem ter recebido as primeiras doses, encomendar o segundo lote. Isso está escrito, é público no contrato.”

O ministro da Saúde nega atraso da pasta na aquisição de imunizantes.“Não há atraso, o contrato foi feito integral das 100 milhões de doses por proposta do ministério. A forma de pagamento é por lotes. A gente [governo federal] já está indo além.”

Pazuello exaltou a aprovação da Medida Provisória, com origem no Ministério da Saúde, que deu autorização para a pasta contratar vacinas antes mesmo do registro ou de autorização expedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Ainda de acordo com o ministro, o governo brasileiro não fará reservas de doses neste primeiro momento.“A gente distribuirá tudo que chegar. Enquanto houver capacidade de estocar nos estados, não faremos estoques no Ministério. Das 11 milhões de doses, algo em torno de 6 milhões ainda estão disponíveis”, concluiu.

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