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Pai de Henry pede que pessoas denunciem violência doméstica: 'Não se calem'

O texto faz referência à investigação da polícia, que apontou que a babá de Henry avisou à mãe do menino que ele sofria uma "rotina de violência"

Foto: InstagramLeniel Borel, pai de Henry, pediu para que as pessoas denunciem qualquer tipo de violência doméstica
Leniel Borel, pai de Henry, pediu para que as pessoas denunciem qualquer tipo de violência doméstica

 

UOL- O engenheiro Leniel Borel, pai do menino Henry, de 4 anos, morto no dia 8 de março no Rio de Janeiro, fez sua primeira postagem no Instagram depois que a professora Monique Medeiros e o vereador Dr. Jairinho, mãe e padrasto do menino, terem sido presos, na manhã de ontem. No texto, o engenheiro pediu para as pessoas "não se calarem" diante de episódios de violência doméstica.

"Filhinho, milhares de pessoas hoje conhecem o seu sorriso. A sua alegria, beleza... doçura [que] vai nos contagiar pelo resto dos dias das nossas vidas. Prometo lutar para que sua morte não seja a representação da violência com apenas mais uma criança, mas que haja reflexão de que qualquer tipo de violência doméstica deve ser denunciado", escreveu o engenheiro.

E completou: "Agradeço a Deus que sempre esteve no controle, a polícia, a imprensa e todas as pessoas boas que o Senhor tem colocado em nossas vidas nos últimos dias, sempre em busca da verdade e justiça. Não se calem! Violência contra criança é covardia, é crime. 'Disque 100'.

O texto do engenheiro foi publicado na noite de ontem e faz referência à investigação da polícia, que apontou que a babá de Henry avisou à mãe do menino que ele sofria uma "rotina de violência". O delegado Henrique Damasceno, da 16ª DP, que está à frente das investigações, disse que Monique "protegeu o assassino", referindo-se ao Jairinho, investigado pelas agressões.

O delegado ainda afirmou que Monique foi ao salão de beleza um dia depois do enterro do garoto. A informação foi confirmada pelo delegado, que não passou detalhes e alegou, ao ser questionado sobre o perfil de Monique, que não cabia a ele determinar essas características da professora.

Segundo a polícia, Monique e Jairinho responderão por homicídio duplamente qualificado, com emprego de tortura e uso de recurso que causou impossibilidade de defesa da vítima. A defesa do casal entrou com um pedido de habeas corpus.

Os investigadores defendem que Monique foi conivente com o crime supostamente cometido por Jairinho, mas não sabem responder se ela teria efetivamente envolvimento nas agressões. Os delegados afirmaram que as investigações não foram concluídas e relataram a existência de laudos pendentes.

Ontem, o engenheiro ainda definiu o comportamento da ex-mulher como "demoníaco".

"Isso para mim, me parece demoníaco, assustador, como uma mãe que cuidou bem do filho durante 4 anos, a partir do momento que se junta com uma pessoa que ela mal conhece, poucos meses, pretere ao filho, então assim, muito estranho, entendeu? Eu não consigo explicar? Será que é ganância, luxúria, um novo cargo público? A Monique não tinha uma vida ruim. (...) Quem é mãe é mãe, e a Monique nos últimos dias não foi uma mãe para o meu filho", afirmou Leniel ao "RJ2", da TV Globo.

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