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Ônibus do Grêmio é atacado e jogador foi hospitalizado

Brigada Militar de Porto Alegre prendeu dois suspeitos de terem atacado o ônibus do Grêmio

Foto: Montagem pensarpiauíGreNal
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A Federação Gaúcha de Futebol (FGF) confirmou que o Gre-Nal 435 não será disputado neste sábado. A medida foi tomada após o ônibus do Grêmio ser atingido por pedras na chegada ao Estádio Beira-Rio, onde ocorreria o clássico. Três jogadores do Tricolor ficaram feridos. A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul informou que dois suspeitos foram detidos. Ainda não há nova data para a realização do jogo.

O fato ocorreu por volta das 17h30, uma hora e meia antes do previsto para a partida. Conforme relatos de dirigentes do Grêmio, o veículo foi atacado quando se aproximava do Beira-Rio. Torcedores colorados teriam saído do Parque Marinha do Brasil, vizinho ao estádio, conseguiram se aproximar do ônibus e atiraram pedras e paus em direção à equipe.

O volante Villasanti foi atingido no rosto por um dos artefatos. Conforme o Grêmio, ele teve traumatismo craniano, concussão cerebral, ferimentos no olho e no quadril.

Atendido em uma das ambulâncias que estavam no estádio, precisou ser levado ao hospital para maiores exames, mas passa bem. Outros jogadores também tiveram escoriações, como Campaz e Thiago Santos, segundo o presidente Romildo Bolzan Júnior.

O CEO Carlos Amodeo ficou com a responsabilidade de registrar o boletim de ocorrência no Juizado do Torcedor do estádio. Inclusive, apresentou uma pedra e um pedaço de madeira recolhidos pelos gremistas.

- A delegação vinha no comboio quando fomos surpreendidos por cerca de 100 torcedores identificados com a camisa do Internacional. Saíram do parque (Marinha do Brasil), atingiram a esquina e começaram a jogar uma série de objetos, sendo uma pedra e um pedaço de pau, quebraram um vidro do ônibus e lesionaram nosso atleta - relatou Amodeo.

Inicialmente, o árbitro da partida, Leandro Vuaden, adiou o começo do jogo para as 21h, como manda o regulamento do Campeonato Gaúcho. Porém, a posição gremista foi sempre de não entrar em campo.

- Há uma exceção no regulamento no que diz respeito à justa causa. E esta justa causa está posta para nós, muito clara, do desequilíbrio do jogo. Não há mais condições para jogar. Inclusive, ficou no ônibus a pedra. Cai na cabeça de alguém, é um estrago tremendo. Uma estupidez. O futebol não pode mais conviver com isso - afirmou o presidente Romildo Bolzan Júnior.

Pelo lado colorado, o presidente Alessandro Barcellos concedeu uma curta entrevista para manifestar solidariedade ao rival pelo acontecimento e se colocou também disposto ao adiamento do jogo. No entanto, reiterou que a decisão causaria um "desequilíbrio técnico" ao Campeonato Gaúcho.

- É lamentável que isso tenha acontecido. O Internacional vai contribuir de todas as formas para que sejam identificados aqueles que fizeram isso. O Internacional concorda com a não realização da partida. Mas se preocupa também com o desequilíbrio técnico do campeonato. É importante que a gente assuma essa responsabilidade, inclusive a imprensa. Esse é um momento importante para a gente virar esse jogo - declarou Barcellos.

Momentos após o anúncio da suspensão do clássico, as torcidas foram dispersadas do Beira-Rio aos poucos. A partida válida pela 9ª rodada do Campeonato Gaúcho ainda não tem nova data para ocorrer. O Grêmio é o líder da competição com 17 pontos, cinco a mais que o Inter, em quarto.

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