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"Não se faz um programa de governo democrático em cima de motociata ou jet ski", diz Alckmin

Pré-candidato à vice-presidência na chapa de Lula, ex-governador fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro

Foto: Reprodução/Ricardo StuckertLula e Geraldo Alckmin devem debater diretrizes com setores da sociedade até apresentação final de plano de governo
Lula e Geraldo Alckmin devem debater diretrizes com setores da sociedade até apresentação final de plano de governo

O ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSB), pré-candidato à vice-presidência da República na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que o programa de governo da dupla para a disputa do Palácio do Planalto será construída de forma democrática. Alckmin fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que "não se faz um plano de governo democrático em cima de motociata e de jet ski".

O pré-candidato à vice-presidência se referiu aos eventos realizados por apoiadores de Bolsonaro desde 2021, quando o atual presidente passou a comparecer a reuniões com motociclistas por diversas partes do país. Mais recentemente, ele passou a participar também de "lanchaciatas", passeios aquáticos com bolsonaristas endinheirados. Segundo Alckmin, é preciso construir propostas "vendo o povo e conversando".

"O povo precisa comer. Há uma expectativa enorme, uma grande esperança com o caminhar dessa campanha cívica. Não são promessas, são compromissos. O primeiro compromisso é com quem mais necessita, com quem perdeu emprego, com quem passa fome e com quem foi levado de volta para a miséria", afirmou.

A campanha de Lula e Alckmin divulgou, em evento realizado nesta terça-feira (21), novas diretrizes de seu futuro programa de governo. O documento lista 121 pontos que são considerados essenciais para a "reconstrução do Brasil".

As propostas focam majoritariamente a recuperação econômica de forma sustentável e o desenvolvimento social. O texto afirma que a política econômica vigente é a principal responsável pela decomposição das condições de vida da população, da instabilidade e dos retrocessos na produção e no consumo.

O documento é a nova versão de um esboço enviado aos partidos no início de junho. À época, o texto continha uma lista de 90 pontos. Além da inclusão de novos itens, a redação de algumas propostas foi alterada por representantes dos outros partidos que compõem a chapa presidencial além do PT (PV, PSB, PCdoB, PSOL, Rede e Solidariedade).

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