Política

Na Cúpula do Clima, Bolsonaro mente, faz promessas e Biden se ausenta

Em discurso decorado e repetido de pouco mais de 6 minutos, Jair Bolsonaro discursou na Cúpula do Clima nesta quinta (22)

  • quinta-feira, 22 de abril de 2021

Foto: GreenpeaceQueimadas
Queimadas e desmatamento 

Em discurso decorado e repetido de pouco mais de 6 minutos, Jair Bolsonaro discursou na Cúpula do Clima nesta quinta (22).

Sem revelar o desmonte que faz, ao lado de Ricardo Salles, das estruturas de fiscalização, ele afirmou:

“Determinei o fortalecimento dos órgãos ambientais”.

Joe Biden prometeu reduzir a emissão de gases do efeito estufa pelos Estados Unidos entre 50% e 52% até 2030.

Bolsonaro concordou com os “compromissos ambiciosos” e prometeu reduzir em 43% a emissão de gases até 2050 e acabar com o desmatamento ilegal até 2030.

O presidente, no entanto, repetiu diversas vezes a palavra “desenvolvimento”, que, traduzida, seria exploração dos recursos naturais da Amazônia.

“É preciso fazer mais. Devemos enfrentar o desafio de melhorar a vida dos mais de 23 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia, região mais rica do país em recursos naturais”, disse ele.

Como foi ao evento pedir dinheiro, apesar dos R$ 2,9 bilhões parados, ele reiterou a necessidade de “cooperação internacional”, vista por diplomatas como “chantagem”, e pediu “justa remuneração” por supostos “serviços ambientais” prestados.

Biden se ausenta durante discurso de Bolsonaro na Cúpula do Clima. O discursou de Bolsonaro aconteceu sem a presença do presidente dos EUA.

Biden teria deixado a sala após a fala do presidente argentino, Alberto Fernández.

A deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) falou sobre o caso: “Bolsonaro fez o discurso na Cúpula do Clima, mas Biden não estava na sala. Na diplomacia, cada movimento é um grande gesto. A falta de credibilidade do Brasil é brutal.”

Avesso aos padrões diplomáticos, Bolsonaro também fez questão de não cumprimentar o presidente estadunidense.  

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