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Morre Michella, mãe que venceu o coronavírus depois de dar à luz a gêmeos

Foram 36 dias lutando pela vida e contra as sequelas deixadas pela covid-19

Foto: DCMMichella Prado
Michella Prado

 

Fonte: Campo Grande News

Foram 36 dias lutando pela vida e contra as sequelas deixadas pela covid-19, depois de ter dado a luz, prematuramente ao gêmeos Radassa e Calebe. Mas na terça-feira (22) Michella Prado "descansou". 

Michela estava internada desde quarta-feira (16) no Hospital Universitário devido às complicações causadas pela trombose. “Ela sempre teve trombose. Ela estava fazendo fisioterapia para recuperar os movimentos, quando voltou a ter ‘batedeira’ no coração e falta de ar”, comenta o marido, Adão Nunes. 

“No dia 16 ela quase desmaiou, levamos ela para UPA e desde então estava internada, mas o problema atingiu o pulmão e ela acabou não resistindo”, completa Adão.

Nunes resume que este é o momento da esposa descansar depois de tanto sofrimento.

“Ainda não sei nem se vai ser possível um velório, eu só quero tirar ela logo do hospital. Ela já passou por muita coisa, injeções, internação. Ela tem que descansar”, conclui.

O caso

Guerreira, Michella viveu em plena pandemia, uma saga que só uma mãe seria capaz de enfrentar. Aos seis meses de gestação, ela recebeu diagnóstico de coronavírus, em 16 de novembro, e logo em seguida foi internada no Hospital Regional. No dia seguinte o parto dos gêmeos Radassa e Calebe foi realizado, assim como intubação da mãe por estar com pulmão comprometido.

Michella ficou 12 dias em coma induzido e ao acordar, no dia 29 de novembro, descobriu que havia se curado, mas estava com paralisia do corpo, sem poder andar e mal segurar um copo d’água.  “A sensação é de recomeço, Deus me deu outra oportunidade de viver. Ao mesmo tempo é tão desesperador porque você quer fazer as coisas, mas não consegue”, disse Michella ao Campo Grande News. 

Devido às consequências da paralisia, Michella só conseguiu ver os filhos no dia que teve alta do hospital. Na ocasião ela também não pode pegar as crianças no colo. 

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