Morre Luiz Pinguelli Rosa, professor, físico, ex-presidente da Eletrobras
A morte foi anunciada por seu irmão Sérgio Rosa em sua conta do Twitter
Faleceu nesta quinta-feira (3), o físico Luiz Pinguelli Rosa. A morte foi anunciada por seu irmão Sérgio Rosa em sua conta do Twitter.
“Com muita tristeza participo a partida do meu querido irmão, um homem de bem. Pai dos meus sobrinhos Nando, Duardo e Leozinho – estamos todos muito tristes. A despedida cala fundo. No silêncio me despeço”, escreveu.
Ele nasceu no Rio de Janeiro em 19 de fevereiro de 1942.
Luiz Pinguelli Rosa era mestre em engenharia nuclear e doutor em física. Foi professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e ex-presidente da Eletrobrás. Em 9 de abril de 2013 foi-lhe concedido o título de professor emérito pela UFRJ.
Foi aluno do Colégio Pedro II e, primeiramente, optou pela carreira militar. No entanto, pediu demissão do exército após ser preso por não apoiar o Golpe militar de 1964.
Começou então a estudar Física na Faculdade Nacional de Filosofia, que foi posteriormente incorporada a UFRJ. Fez mestrado em Engenharia Nuclear na UFRJ e doutorado em Física na PUC-Rio.
Pinguelli era membro da Academia Brasileira de Ciências e ex-membro do Conselho Pugwash, associação fundada por Bertrand Russel e Albert Einstein.
Desde 1998 integrou o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas e era também ex-presidente da Associação Latino-Americana de Planejamento Energético e da Eletrobras. Pinguelli, autor de seis livros, entre eles "Tecnociências e Humanidades: novos paradigmas, velhas questões", cujos dois volumes concorreram ao Prêmio Jabuti.
Luiz recebeu diversos prêmios ao longo de sua carreira, entre eles o Forum Award da Associação Americana de Física, em 1992, a comenda com o grau de Chevalier de l’Ordre des Palmes Académiques, concedido pelo Ministério da Educação da França, em 1998 e o Prêmio Golfinho de Ouro, categoria Ciências, no ano de 2000.
Desde 2004 foi secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, representando a entidade no Conselho Diretor do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, mas desligou-se do fórum em 2016 por discordar do impeachment de Dilma Rousseff.