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Ministério Público pede cassação de Mão Santa por abuso de poder

Prefeito é acusado de usar a Prefeitura para cooptar apoio político de enfermeiros para sua candidatura à reeleição

Foto: Portal Costa NorteMão Santa estaria abusando do poder econômico
Mão Santa estaria abusando do poder econômico

O Ministério Público Eleitoral (MPE), por meio da Promotoria Eleitoral de Parnaíba, pediu a cassação da chapa do prefeito Mão Santa (PMDB), candidato à reeleição, por abuso de poder econômico usando recursos da Prefeitura para cooptação de apoio e votos de enfermeiros municipais nas eleições do dia 15 de novembro.

Na investigação judicial eleitoral iniciada pelo MPE, Mão Santa, o seu candidato a vice, Carlos Alberto Santos de Sousa (Beto), a filha de Mão Santa, Maria das Graças de Moraes Souza Nunes (Gracinha) e Adenya Sousa e Vasconcelos são os acusados.

Segundo a denúncia, houve uma suposta negociação entre o Sr. Beto e a Sra. Gracinha, atual secretária de gestão, com representantes da classe de enfermeiros municipais, em especial aos profissionais lotados na rede de Atenção Básica de Saúde.

No documento que traz a denúncia, consta a descrição de um áudio de uma suposta funcionária que teria dito as seguintes palavras:“Renata a proposta é porque como o SAMU conseguiu aquela gratificação e como não tem mais tempo hábil, nem legal, pra poder estender pra gente, o sindicato tá chovendo no molhado, não vamos conseguir porque é lei, não tem como estender, até onde eu sei, não tem como estender aquele benefício pra o PSM e pra gente, porque era só até dia 15 de agosto, então já foi [...] Então essas horas extras vai ser tipo pra compensar o que a gente já trabalhou e a gente não ganhou. E aí ele pediu a relação, né?! Dos profissionais efetivos da atenção básica do PSM, pra poder me incluir na folha de pagamento, não sei se dá ainda esse mês, né?! Eu queria que desse já esse mês, pra gente receber agora esse mês até dezembro entendeu? E aí a partir de janeiro, se eles vencerem, e o Beto sendo vice-prefeito a gente vai continuar as nossas negociações em relação ao nosso plano de cargos e carreiras, em relação a incorporação da gerência ao nosso salário, né?! Tudo aquilo que a gente já pleiteou anteriormente, entendeu?! Foi isso que a gente conversou basicamente.”

Os representados no processo podem ser apenados com sanção de inelegibilidade para as eleições a se realizarem nos oito anos subsequentes à eleição em que se verificaram os abusos contidos na denúncia, bem como a pena de cassação de seu registro de candidatura ou, em caso de julgamento após o pleito e em caso de eleição destes, do diploma, e por consequência do mandato.

Confira a ação do Ministério Público

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