Política

Mensagem de Daniel Silveira revela plano golpista de Bolsonaro contra Moraes

Senador Marcos do Val diz que se recusou a seguir o plano e denunciou plano ao ministro do STF


Foto: Reprodução/ 247Daniel Silveira, Marcos do Val e Jair Bolsonaro
Daniel Silveira, Marcos do Val e Jair Bolsonaro

Uma mensagem atribuída ao ex-deputado federal Daniel Silveira, preso nesta quinta-feira (2) pela Polícia Federal por ordem do STF, sugere um plano golpista para gravar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A mensagem teria sido enviada ao senador Marcos do Val (Podemos-ES).

"Como tivemos pouco tempo, não passei o que entendo como diretriz para que você adapte da sua maneira. Contudo, já tenho escutas usadas pelas operações especiais. Tenho veículo receptor que pode imediatamente reproduzir além da gravação e essa operação ficar restrita a um círculo de 5 pessoas. Três estavam sentados hoje conversando juntos. Se aceitar a missão, parafraseando o 01, salvamos o Brasil", diz o texto da mensagem atribuída a Silveira.

Do Val afirmou à Folha que recebeu a mensagem depois de uma conversa com Silveira e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O parlamentar não sabe dizer a data, mas afirma que ocorreu após o resultado das eleições e antes da diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 12 de dezembro. 

Foto: ReproduçãoMensagem atribuída a Daniel Silveira
Mensagem atribuída a Daniel Silveira

 

Do Val relata que estava no plenário do Senado quando Silveira o chamou do lado de fora e disse que o ex-presidente Bolsonaro queria falar com ele. O senador, então, conta que Bolsonaro perguntou se os dois poderiam se encontrar pessoalmente —o que ocorreu, segundo ele, alguns dias depois.

O senador afirma que, nesse encontro diante de Bolsonaro, Silveira propôs que ele gravasse o ministro do Supremo e tentasse arrancar dele alguma contradição que pudesse, depois, prendê-lo. O plano, segundo ele, desencadearia uma ruptura a ponto de Lula não assumir a Presidência.

Do Val diz que se recusou a seguir o plano e denunciou o caso ao ministro Alexandre de Moraes.

Com informações da Folha de S. Paulo

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