Pensar Piauí

“Menino Neymar”, o melhor para representar a CBF e o atual decadente futebol brasileiro

O “paiaço”, a possível farsante e a relatividade da cultura do estupro

Foto: GoogleNeymar
Neymar

O mundo foi surpreendido por mais uma acusação de estupro por parte de uma celebridade do futebol. Depois de Cristiano Ronaldo, Neymar é a bola da vez. O Brasil acordou com uma notícia que ganhou destaque tanto nos noticiários da grande mídia quanto nas rodas de conversas entre amigos e familiares. Nesse texto, venho abrir o diálogo para a necessidade de analisarmos com maior profundidade o ocorrido, por isso me restou adjetivar o jogador de “paiaço” e a moça de possível farsante.

Não quero julgar os fatos antes da apresentação do veredito da justiça, saliento a defesa de que NADA é motivo para foçar uma mulher a ter relação com alguém, entretanto o que o correu tem grande probabilidade de ser uma enorme oportunidade para 15 minutos de fama de uma anônima, por isso defino a moça como possível farsante.

Não estou aqui afirmando que o Neymar é culpado ou inocente, minha crítica é feita sob a forma pela qual o jogador tratou o caso. Não é a primeira, e certamente não será a última vez, que um famoso terá que responder à uma denúncia de estupro, mas a forma desastrosa e imatura com que o atleta se justificou perante a sociedade brasileira e mundial é de envergonhar e desconstruir qualquer luta social em nosso país.

Apresentando prints de mensagens trocadas com a mulher, Neymar agiu de uma forma altamente irresponsável, atitude incompatível com sua posição e representatividade perante à sociedade brasileira. Após a leitura deste texto, alguns amigos podem achar que foi de caso pensado, como eu não sou muito ligado a teorias conspiratórias acredito que isso ocorreu por deficiência de capacidade crítico reflexiva por parte do jogador.

O certo é que por trás da cortina de fumaça alavancada por inúmeros memes e piadas na internet, tal atitude alimentou de forma imprópria a cultura do estupro e de violência contra a mulher em nosso país, ou seja, este ponto fora da curva dá margens para o fortalecimento de comentários como: “também com uma saia desse tamanho”, “ela queria era isso mesmo”, “desse jeito ela estava pedindo para acontecer isso”, assim, jogando na lata do lixo décadas de debates e lutas contra o machismo e a cultura do estupro no Brasil. Me resta, dessa maneira, denominar Neymar de “paiaço”, para não dizer outras coisas.

Mas uma coisa é certa, com o futebol distante de grandes craques do passado como Pelé, Garrrincha, Rivelino, Zico, Careca, Romário, etc., acompanhado da certeza de que encerrará a careira sem se quer ser melhor do mundo como Rivaldo, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Kaka, não existe jogador melhor pra representar a CBF e o atual decadente futebol brasileiro do que Neymar, pois até agora o “menino ney” de 28 anos de idade se apresenta como mimado, não profissional, irresponsável e principalmente sem compromisso com os enormes problemas sociais brasileiros.

OBS: Em respeito aos PALHAÇOS que desenvolvem com maestria seu trabalho no mundo, trazendo alegria e entretenimento aos cidadãos dos mais variados lugares, nesse texto resolvi caracterizar o Neymar como “paiaço”, um termo utilizado na minha terra Floriano (PI) para caracterizar uma pessoa que faz algo sem a noção da gravidade do fato.

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