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Manoel Emídio e Canto do Buriti no "top 3" do desmatamento

As informações do Atlas dos Municípios da Mata Atlântica

  • quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Foto: Foto: Germano Woehl Jr/Instituto Rã-bugioDesmatamento
Desmatamento

Fonte: BR Político

Municípios do Piauí e Minas Gerais encabeçam a lista dos maiores desmatadores da Mata Atlântica dos últimos 10 anos, segundo informa a Fundação SOS Mata Atlântica nesta quarta, 19. As informações do Atlas dos Municípios da Mata Atlântica mostra que 71% do desmatamento ocorreu em menos de 3% (100) dos municípios do bioma (3.429). No total, cerca de 400 cidades desmataram a floresta nativa no período entre 2018 e 2019, pouco mais que 10% dos municípios do bioma, apesar de haver uma variação entre 200 e 550 cidades por ano.

O município campeão de desmatamento foi Manoel Emídio (PI), com 879 hectares suprimidos, seguido de Gameleiras (MG) e Canto do Buriti (PI), com 434 e 404 hectares de floresta nativa derrubada, respectivamente. Nos últimos 10 anos, dois municípios do Piauí sempre lideraram o ranking dos maiores desmatadores. São eles a cidade de Alvorada do Gurguéia, que foi a líder até o último levantamento, porém agora conseguiu reverter a situação e apresentou 22 hectares desmatados, e Manoel Emídio, que continua no ranking, desta vez no indesejável primeiro lugar.

Outro histórico que se repete é em Minas Gerais. As terceira, quarta e quinta posições no ranking de desmatamento de 10 anos são ocupadas pelos municípios mineiros de Jequitinhonha, Ponto dos Volantes e Águas Vermelhas. Jequitinhonha e Águas Vermelhas, como registraram queda de 20% e 64% com 191 e 137 hectares de desmatamento, respectivamente, também saíram do topo da lista em 2018-2019, ficando em 9º e 21º lugares em 2018 e 2019, respectivamente. Apesar de registrar aumento de 40% (51 hectares desmatados no período atual) em relação ao período anterior (36 hectares), Ponto dos Volantes também não figurou na lista. Estes municípios fazem parte, desde 2012, do chamado Triângulo do Desmatamento da Mata Atlântica. Trata-se da região mais crítica das matas secas no noroeste mineiro. Na região, as florestas nativas foram transformadas em carvão e depois substituídas por eucalipto.

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