Pensar Piauí

Mais um dia de luta

Mais um dia de luta

O primeiro de maio de 2018 teve um significado diferenciado e um sabor amargo de luta. Em Curitiba se deu uma concentração máxima de trabalhadores que decidiram não resistir e foram passar a data ao lado de Lula, maior liderança da esquerda brasileira. No Piauí, algumas manifestações marcantes aconteceram, como na cidade de Esperantina. Trabalhadores e trabalhadoras rurais se reuniam desde cedo na missa e depois na tradicional caminhada do trabalhador. Lá o movimento é forte e tem raízes. Por várias vezes as quebradeiras de coco puxaram o coro:
"Nossos direitos vêm, nossos direitos vêm! Se não vierem nossos direitos, o Brasil perde também! (estribilho) 1. Confiando em Cristo Rei, que nasceu lá em Belém, e morreu crucificado porque queria nosso bem, confiando em seu amor se reclama até doutor, mas nossos direitos vêm! 2. Quem negar nossos direitos será negado também; já chega de mil promessas sem cumprir para ninguém. Mas com os irmãos unidos o mundo muda de sentido e nossos direitos vêm! 3. Só porque tu tens a terra e o gado com fartura, tu negas o teu irmão, esse pobre sem figura, cuidado com teu mistério, um dia no cemitério, nossas carnes se misturam!"
A senadora Regina Sousa era uma a única parlamentar presente.
E foi dia de visitar a dona Telmira, uma petista histórica de São João do Arraial, que chora lembrando de Lula mas ri da própria história, uma alegria que contagia a todos que estão presentes. Com 70 anos foi presa por causa do movimento quando acabara de dar a luz a sua filha mais nova. E ao ser liberada foi direito para o palanque comunicar à militância que não desistiria jamais da luta, que estava só começando. "Faria tudo de novo. E se Lula tiver que morrer, morreria por ele. Pois o maior crime cometido por Lula foi dar comida pra muita gente como eu que sabe o que é passar fome. Eu passei. Eu sei", declarou emocionada.

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