Pensar Piauí

Lula vence debate, Bolsonaro dá chilique

Tracking fo instituto Atlas Intel aponta que para 51,5% dos entrevistados, Lula foi o vencedor, enquanto 33,7% deram a vitória a Bolsonaro

Foto: DivulgaçãoBolsonaro e Lula
Bolsonaro e Lula

Nas pesquisas qualitativas com eleitores indecisos feitas pelo PT durante o debate, de acordo com as fontes, o resultado foi majoritariamente positivo para Lula.

O resultado é o mesmo do tracking feito pelo instituto Atlas Intel. Para 51,5% dos entrevistados, Lula foi o vencedor do debate, enquanto 33,7% deram a vitória a Bolsonaro.

"Lula foi bem, colocou a pauta na maioria do tempo, falou da vida do povo, de propostas e do due fez. Nos grupos de pesquisa qualitativa, ganhou a maioria — disse a presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann".

Foi consenso entre os petistas que esse foi o melhor desempenho do ex-presidente nos debates que participou no primeiro e no segundo turno.

Entre membros da campanha de Bolsonaro, a avaliação foi a de que o ocupante do Palácio do Planalto começou pior que Lula, com desempenho aquém do esperado na pauta econômica e mais nervoso. Os ataques ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também foram apontados como “falhas”. A leitura, no entanto, é que ele conseguiu depois terminar o debate “empatado” com o petista.

O empate, no entanto, não é bom para Bolsonaro. A pesquisa do Datafolha desta quinta-feira (27)mostra Lula na dianteira, com 49% das intenções de voto e Bolsonaro, com 44%.

Também nas redes 

Lula registrou o melhor resultado nas redes sociais. É o que mostra levantamento da Quaest feito nas redes sociais durante o debate.

O monitoramento da Quaest, feito em Twitter, Facebook, Instagram, sites e blogs durante os quatro blocos do debate, mostrou que, nas redes sociais, Lula registrou um desempenho melhor que Bolsonaro em todos os quatro blocos. No terceiro bloco, em que os candidatos tiveram 15 minutos cada para debate não moderado, foi registrada a maior diferença entre os dois: Lula registrou 62% de comentários positivos entre internautas, contra 41% com referências a Bolsonaro.

No segundo bloco, em que Lula e Bolsonaro debateram sobre a fome no país, o petista registrou o menor fluxo de comentários positivos (45%), enquanto Bolsonaro foi elogiado nas redes por apenas 34% dos internautas, ainda segundo levantamento. Na avaliação do diretor da Quaest, isso ocorreu porque houve embate entre os candidatos sobre os números da fome no país. Enquanto Bolsonaro reiterava números do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre a caracterização de linha da pobreza, Lula trazia informações sobre subnutrição trazidas em reportagem do jornal Folha de S. Paulo nesta semana.

Durante o primeiro bloco, também conduzido no modelo de debate não moderado com 15 minutos de fala por candidato, os pontos principais foram a discussão sobre o salário mínimo e acusações de "mentira" entre os presidenciáveis. Segundo a Quaest, os termos mais buscados no Google foram "Bolsonaro vai acabar com o 13", "Bolsonaro décimo terceiro salário", "Lula criou o G20" e "Lula absolvido".

Chilique

"Está me chamando de mentiroso? Então, vamos acabar por aqui", disse Bolsonaro após ser questionado sobre uma declaração sua — classificada pelo repórter como "mentira" — quanto à visita de Lula ao Complexo do Alemão.

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) interrompeu bruscamente sua entrevista coletiva após uma pergunta de um repórter do jornal Folha de S.Paulo, ao final do último debate presidencial do segundo turno, na TV Globo, no Rio de Janeiro.

O jornalista questionava o presidente sobre uma declaração sua quanto à visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Complexo do Alemão, no Rio, durante a campanha.

Ao indagar por que Bolsonaro "insiste na mentira" de que Lula teria ido à comunidade a convite de traficantes, o presidente bateu na mesa e rebateu: "Está me chamando de mentiroso? Então, vamos acabar por aqui".

O repórter afirmou que podia garantir que esta era uma "mentira", e Bolsonaro se despediu e deixou a sala de imprensa, onde concedia entrevista.

Durante a coletiva, o presidente esteve acompanhado do seu ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que voltou a se aliar a Bolsonaro nestas eleições, após deixar o governo em abril de 2020.

Lula optou por não conceder entrevista coletiva após o debate. O ex-presidente informou que falaria com a imprensa neste sábado (29).

ÚLTIMAS NOTÍCIAS