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Lula diz que não precisa “pedir licença” para governar: “A gente não tem que agradar ninguém”

Lula recebeu, na manhã de hoje, presidentes de partidos e líderes da base aliada no Congresso Nacional

Foto: ReproduçãoLula
Lula

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira (8) que não “tem que pedir licença para governar” e que seu objetivo é melhorar a vida do povo brasileiro. A declaração ocorreu em meio a uma disputa com o Banco Central devido à taxa de juros.

“Confio que a economia vai voltar a crescer. A gente não tem que pedir licença para governar, a gente foi eleito para governar. A gente não tem que tentar agradar ninguém, a gente tem que agradar o povo brasileiro, que acreditou num programa que nos trouxe até aqui e é esse programa que nós vamos cumprir”, afirmou Lula em reunião no Palácio do Planalto.

Lula recebeu, na manhã de hoje, presidentes de partidos e líderes da base aliada no Congresso Nacional. No encontro, ele destacou que o Executivo trabalha para retomar obras paradas e que pretende fazer viagens semanais para inaugurações de equipamentos públicos.

“A gente pode contribuir para fazer com que a economia brasileira não seja o desastre previsto pelo FMI na última avaliação deles. Temos mercado interno muito grande e temos algumas coisas que países desenvolvidos já fizeram e temos que fazer que é cuidar das cidades”, afirmou.

Nos últimos dias, o petista tem criticado fortemente o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ele chegou a dizer que a atual taxa básica de juros do país, a Selic, é uma vergonha.

“Não existe justificativa nenhuma para que a taxa de juros esteja em 13,50% [ela está na verdade em 13,75%]. É só ver a carta do Copom para a gente saber que é uma vergonha esse aumento de juro”, disse o presidente.

Lula também classificou a autonomia do Banco Central como uma “bobagem” e firmou que “o problema não é de banco independente, não é de banco ligado ao governo. Problema é que esse país tem uma cultura de viver com os juros altos”.

“Quando o Banco Central era dependente de mim, todo mundo reclamava. O único dia em que a Fiesp [Federação das Indústrias do Estado de São Paulo] falava era quando aumentava os juros. Era o único dia. Agora, eles não falam”, declarou o petista na segunda-feira (6).


Com informações do DCM 

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