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Governo brasileiro oferece ajuda humanitária para Turquia e Síria após terremoto

Itamaraty confirma que vai enviar apoio, forma de auxílio será discutida com os países atingidos

Foto: Reprodução/Ozan Kose/AFPEquipes de resgate e moradores tentam encontrar sobreviventes em meio aos escombros na localidade turca de Kahramanmaras
Equipes de resgate e moradores tentam encontrar sobreviventes em meio aos escombros na localidade turca de Kahramanmaras

O grave terremoto que atingiu Turquia e Síria na madrugada da última segunda-feira (6) mobiliza a comunidade internacional. O governo brasileiro informou que enviará ajuda humanitária aos países afetados.

Em nota publicada pelo Ministério das Relações Exteriores, o país se comprometeu a trabalhar com a coordenação dos países atingidos para definir que tipo de auxílio será enviado. Os trabalhos serão coordenados pela Agência Brasileira de Cooperação, vinculada ao Ministério.

Horas após o terremoto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou em uma rede social a solidariedade do Brasil aos povos dos dois países.


Na mesma nota em que confirmou o envio de ajuda humanitária, o MRE disse que não havia informações sobre vítimas brasileiras entre os mortos e feridos na Turquia e na Síria.

As embaixadas do Brasil em Ancara e Damasco, capitais dos dois países, e também o consulado brasileiro na cidade turca de Istambul, estão trabalhando em regime de plantão.

Mortes confirmadas após terremoto já passam de 5 mil, mas número deve subir significativamente

Autoridades da Turquia e da Síria informaram nesta terça-feira (7) que já passa de 5 mil o número de mortos pelo terremoto que atingiu na madrugada de segunda uma região de fronteira entre os dois países. O número de vítimas deve aumentar nas próximas horas. 

O tremor de magnitude 7,8 na escala Richter sacudiu o sudeste da Turquia e o noroeste da Síria. Na Turquia, o vice-presidente Fuat Oktay disse que o número de vítimas no país subiu para 3.419; o número de feridos é de 20.534. Com mais 1.602 pessoas mortas do lado sírio da fronteira, o número total de vítimas é de 5.102.

O abalo ocorreu às 4h17 (horário local) na segunda-feira, e seu epicentro foi próximo à capital da província de Gaziantep, um importante centro industrial no sudeste da Turquia. Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o epicentro ocorreu a uma profundidade de 18 quilômetros. O terremoto inicial foi seguido por dezenas de réplicas, incluindo um tremor de magnitude 7,5.

Nesta terça, segundo o Centro Europeu Mediterrâneo de Sismologia registrou, segundo a agência noticiosa Reuters, um terremoto de magnitude 5,7 no leste da Turquia, com o epicentro a uma profundidade de 46 quilômetros.

O terremoto inicial, de 7,8 na segunda-feira, também foi sentido na capital turca, Ancara; no Líbano; no Chipre; e até na capital egípcia, Cairo. Milhares de edifícios desabaram em uma ampla área de centenas de quilômetros, desde o norte da Síria – palco de uma guerra civil há quase 12 anos –, em cidades como Aleppo, até o sudeste da Turquia, onde foi afetada a maior cidade da região, Diyarbakir. Equipes de regaste buscam por sobreviventes nos escombros.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que o número de mortos deve subir significativamente devido à grande quantidade de prédios danificados, podendo chegar a cerca de 20 mil nos próximos dias. O representante regional de emergência da OMS para o Mediterrâneo Oriental, Rick Brennan, afirmou que a agência da ONU enviou reforços para sua equipe em Gaziantep e disse que os trabalhos de resgate foram prejudicados pelos tremores secundários.

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