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Gay é dopado, tem corpo cortado e símbolo nazista desenhado no rosto em MG

Homem foi atacado por um grupo que injetou um líquido com uma seringa no pescoço dele

Foto: UOLGay

OTempo - Um homossexual de 48 anos foi vítima de um crime brutal em Itaguara, na região metropolitana de Belo Horizonte, na noite desta terça-feira (13). Ele foi atacado por um grupo que usou uma seringa para injetar um líquido no pescoço dele, fizeram cortes em seu corpo com uma faca e desenharam uma cruz suástica (símbolo da Alemanha nazista) em seu rosto. Na barriga dele, os suspeitos ainda escreveram a ameaça: "na próxima você morre".

De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima relatou que suspeita que o crime pode ser motivado por homofobia, já que, há cerca de uma semana, ela foi hostilizada pelo mesmo grupo, composto por quatro suspeitos. Os criminosos o chamaram de porco gay e gordo e o perseguiram. Na ocasião, ele disse que estava na praça principal da cidade e que viu uma viatura da Polícia Militar nas proximidades. Com medo, ele foi para perto da viatura, mas não relatou o que tinha acontecido.

Nesta terça à noite, ele foi abordado pelos suspeitos na porta da casa dele. Ele disse que conversava com uma idosa para quem presta serviços em uma lan house que tem na casa dele. Assim que a mulher deixou o local, o homem foi levado para dentro da residência e foi injetado no corpo dele uma substância que o fez desacordar.

Foto: OTempoGay

Horas depois, ele acordou e viu que tinha manchas de sangue pela casa e percebeu que tinha um corte nas costas. Depois encontrou a frase e o desenho em seu corpo. Com a ajuda de vizinhos, ele acionou a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

“Nós fomos acionados pelo Samu que encontou o homem caído no chão da casa e muito confuso. Os suspeitos fizeram esses cortes nas costas dele, até na região do ânus, parecendo que estavam tentando fazer a cruz suástica. Ele foi levado para a Santa Casa de Misericórdia, onde ficou internado em obervação", contou o sargento Sandro Rocha. 

Aos policiais, o homem disse que os suspeitos tinham tatuagens pelo corpo, inclusive uma cruz suástica no pescoço, peles e olhos claros. Ele estava confuso, segundo a polícia, e não conseguiu dar detalhes sobre o endereço e nome da idosa que estava na porta da casa dele pouco antes dos suspeitos chegarem. Não há câmeras de segurança na região. 

"Eu estou aqui na cidade de Itaguara servindo há um tempo e eu jamais deparei com esses indivíduos. Já repassei para tropa para ficarmos atentos agora quanto a essas situações. Tendo em vista que ele disse que todos são tatuados e as características são iguais. Ele estava um pouco confuso nas informações e frizava a todo tempo que a questão era pela opção sexual dele e que os caras eram nazistas e não aceitavam ele ser gay”, complementou 

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