Força Nordestina: em 2022, série A do Brasileirão pode ter recorde de times

GE - Há muita bola para rolar nas Séries A e B do Campeonato Brasileiro. São 15 rodadas incompletas na primeira – há quatro partidas atrasadas -, 16 rodadas fechadas na segunda. Isso representa 40% do percurso das competições, aproximadamente. Suficiente, portanto, para imaginar um aumento da representatividade do Nordeste na elite do futebol nacional.

Qualquer acréscimo nesse número significará um recorde. Desde 2018, a região se mantém com quatro representantes na Série A. A maior quantidade desde a adoção dos pontos corridos, em 2003.

Antes disso, a última vez em que a região conseguiu ter mais de quatro representantes na divisão principal do futebol nacional foi em 1993. Nesse ano, contudo, não houve divisão no Campeonato Brasileiro. Uma mudança no regulamento previa uma competição disputada por 32 times - não houve segunda divisão - e o Nordeste foi representado por sete equipes: Bahia, Vitória, Fortaleza, Ceará, Náutico, Santa Cruz e Sport.

Tranquilo e favorável

Por ordem de classificação, os quatro representantes atuais são: Fortaleza, Ceará, Bahia e Sport. Nenhum deles frequenta o Z-4. Os três primeiros, aliás, estão entre os dez melhores colocados. Fazem um campeonato consistente, em especial os dois cearenses, imersos na luta direta pelas vagas na Libertadores.

Cenário de relativa tranquilidade, que indica uma boa chance de manutenção do quarteto.

A possibilidade - ainda incipiente - de quebra do recorde vem do desempenho dos nordestinos na Série B. A situação no momento é favorável. Das quatro vagas do G-4, duas estão nas mãos de times da região. Liderando a Segundona está o Náutico, com 30 pontos. Na terceira colocação, atrás do Coritiba, está o CRB. Na briga pelo acesso ainda há o Sampaio Corrêa, atual sexto colocado.

O momento atual dos nordestinos

Fortaleza, 3º na Série A

Comandado pelo argentino Juan Pablo Vojvoda, o time cearense é o principal protagonista do Nordeste na temporada. Desde o início da Série A, está na luta pelo topo da classificação, sempre presente na zona de classificação à Libertadores. Além disso, é o único nordestino nas quartas de final da Copa do Brasil.

Ceará, 7º na Série A

O Ceará segue os passos do rival Fortaleza. Briga na parte de cima da classificação - luta para entrar no G-6, que garante vaga na Libertadores 2022. O momento da equipe de Guto Ferreira é bom. Está invicta há 11 jogos na Série A, invencibilidade que é recorde entre os times da região - igualou a sequência do Sport, em 2015.

Bahia, 10º na Série A

Sob o comando do pernambucano Dado Cavalcanti, o time baiano atravessa um momento de alerta no Brasileirão - está há cinco jogos sem vencer, sendo quatro derrotas. A reação é necessária para manter o time numa posição confortável na tabela - atualmente, ocupa a 10ª colocação.

Sport, 15º na Série A

Entre os nordestinos, é quem está em pior colocação na Série A, mas está reagindo. Sem perder há quatro partidas, deixou o Z-4 e mostra potencial para subir ainda mais na classificação, considerando a resolução da crise política e a contratação recente de reforços, com destaque para Hernanes.

Náutico, 1º na Série B

Líder da Série B, o Timbu vive, pela primeira vez na competição, um momento de pressão. O período de três jogos sem vitória - com duas derrotas - permitiu a aproximação dos adversários. Ainda na liderança, precisa reagir para conter a instabilidade e seguir firme na caminhada rumo ao acesso.

CRB, 3º na Série B

Ao contrário do Náutico, o momento atual do CRB é de crescimento no Campeonato Brasileiro. Há cinco jogos sem perder, o time comandado pelo técnico Allan Aal ocupa a sua melhor colocação nesta Série B. Tem, ao lado do Náutico, o segundo melhor ataque da competição, com 24 gols.

Sampaio Corrêa

Assim como o CRB, o Sampaio Corrêa vive um momento de ascensão, também embalado pelo setor ofensivo. Mais especificamente pelo atacante Ciel, destaque da equipe e na briga pela artilharia da Série B - tem sete gols. Adversário do Náutico nesta quarta-feira, está na briga para entrar no G-4.

O pensarpiaui já havia tratado deste assunto, em julho, numa entrevista com o jornalista esportivo, Severino Filho, reveja: