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Exército gasta dinheiro de vacina em hospitais militares, cloroquina e gastos sigilosos

O dinheiro garantido para essas despesas faz parte da verba destravada por MP em caráter emergencial, para a compra de vacinas

Foto: DivulgaçãoExército brasileiro
Exército brasileiro

 

O Exército reservou recursos da vacinação contra a Covid-19 para compra de material a hospitais militares usados por integrantes da Força, para aquisição de azitromicina, ivermectina e cloroquina —remédios sem eficácia no combate ao novo coronavírus— e para gastos sigilosos. O dinheiro garantido para essas despesas faz parte da verba destravada por MP (medida provisória) editada em dezembro, em caráter emergencial, para a compra de vacinas.

Segundo a justificativa da MP enviada ao Congresso, os recursos também podem ser usados em despesas com insumos, logística, comunicação e publicidade, desde que associadas à vacinação. A MP assinada pelo presidente Jair Bolsonaro liberou R$ 20 bilhões ao Ministério da Saúde. A pasta gastou R$ 3,56 bilhões com a compra direta de vacinas do Instituto Butantan, Pfizer e Janssen.

Em janeiro, os Ministérios da Saúde e da Defesa firmaram uma parceria —chamada TED (termo de execução descentralizada)— para que as Forças Armadas recebam recursos da saúde e auxiliem no programa nacional de imunização contra a Covid-19. Os repasses contemplados somam R$ 95 milhões. Segundo o Ministério da Saúde, esse dinheiro é proveniente da MP voltada à vacinação. Até agora, conforme a pasta, já foram liberados R$ 6,5 milhões para “despesa do pessoal envolvido diretamente no apoio à campanha de vacinação da população brasileira”.

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