"Eu lasco esta gota-serena de vírus, e morro de amor"
O cantor e compositor Flávio Leandro fez uma bela canção nestes tempos de pandemia.
Por Oscar de Barros, apaixonado por música
Costumo fazer um paralelo da música nordestina com o futebol brasileiro em seus tempos áureos. Naquela ocasião, o técnico de plantão do selecionado brasileiro fazia uma convocação e os críticos afirmavam: “o Brasil era um celeiro de tão bons jogadores que havia a possibilidade de uma outra convocação de jogadores iguais aos convocados”
Assim é a música nordestina: talento de sobra e em quantidade.
Hoje o pensarpiaui faz o registro de Flávio Leandro, pernambucano de Bodocó. Há 23 anos na estrada, Flávio Leandro é autor de vários sucessos entre eles Chuva de Hosnestidade, Msn, De Mala e Cuia, Sem não nem talvez.
Mas o destaque de hoje vai para “Dendicasa” composição que o artista fez nestes tempos de pandemia. Ele reclama da situação: “Nunca mais eu pisei na cidade/Nunca mais eu beijei meu amor /Nunca mais ouvi teus suspiros”. E revela a ameaça: “Só escuto o silencio do vírus”. Ele dialoga com seu amor, clamando por paciência: “Meu amor/Se deite na rede, sossegue o seu facho”. E por fim coloca uma possibilidade para situação vivida por toda a humanida: “Se eu prendo esta peste, eu lasco esta gota-serena de vírus, e morro de amor”
Viva Flávio Leandro!
Viva a música nordestina
Viva o amor!
Viva a arte!