Pensar Piauí

Em ofício a Bolsonaro, governadores pedem 'diálogo' com países por vacina

Governadores pedem que Bolsonaro retome o diálogo com China e Índia, países fornecedores de insumos para a produção de vacinas contra a covid-19

Foto: FacebookO governador do Piauí, Wellington Dias (PT), cobra do governo federal 'diálogo diplomático' com China e Índia
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), cobra do governo federal um diálogo diplomático com China e Índia

 

Governadores de 15 estados encaminharam hoje (20) um ofício ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pedindo que ele retome o diálogo com China e Índia, países fornecedores de insumos para a produção de vacinas contra a covid-19 no Brasil.

"Nesse sentido, solicitam a essa Presidência que seja avaliada a possibilidade de estabelecimento de diálogo diplomático com os governos dos países provedores dos referidos insumos, sobretudo China e Índia, para assegurar a continuidade do processo de imunização no País", diz o ofício assinado por Wellington Dias (PT), governador do Piauí e líder do grupo sobre estratégias para vacina contra covid-19 no Fórum Nacional de Governadores. 

Assinam o documento os governadores de Alagoas, Renan Filho (MDB); do Amapá, Waldez Goés (PDT); do Ceará, Camilo Santana (PT); do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB); do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB); do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM); de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); do Pará, Helder Barbalho (MDB); da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania); de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB); do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT); do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), de São Paulo, João Doria (PSDB); e de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD).

Iniciada na segunda-feira, a vacinação contra a covid-19 no País pode ser interrompida em pouco tempo por dificuldades na importação de imunizantes prontos e de matéria-prima para a produção. O programa começou com 6 milhões de doses da Coronavac, importadas da China, cujo uso emergencial foi autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Outras 2 milhões de doses prontas da vacina Oxford/AstraZeneca, também tiveram o uso aprovado. Produzidas pelo laboratório Serum, da Índia, essas doses ainda não foram enviadas e não há previsão para isso. O governo brasileiro chegou a preparar um avião na semana passada para buscar o imunizante, mas o país asiático negou a liberação imediata. 

De acordo com o UOL, o Instituto Butantan ainda aguarda a chegada do chamado insumo farmacêutico ativo, o princípio ativo da vacina, que também vem da China, para poder fabricar mais doses da CoronaVac.

Já a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) também aguarda o envio pela China de insumos para produzir as primeiras doses da vacina Oxford/AstraZeneca no Brasil. No entanto, o atraso na entrega deve adiar de fevereiro para março o início da fabricação.

Com informações do UOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS