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Em meio a alta de mortes, Bolsonaro diz que Brasil está vivendo o 'finalzinho da pandemia'

Segundo dados do consórcio de imprensa, o Brasil registrou ontem a maior média móvel de mortes de Covid-19 em dois meses

Foto: G1Inauguração da ponte do Guaíba, em Porto Alegre (RS)
Inauguração da ponte do Guaíba, em Porto Alegre (RS)

Em meio ao crescimento de mortes e de casos da Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (10) que o Brasil está vivendo o "finalzinho da pandemia". A declaração foi dada em inauguração de trecho da ponte do Guaíba, em Porto Alegre (RS).

— Me permite falar um pouco do governo, porque ainda estamos vivendo o finalzinho de pandemia — disse.

Segundo dados do consórcio de imprensa, o Brasil registrou ontem a maior média móvel de mortes de Covid-19 em dois meses. Foram 643 óbitos, a maior desde 7 de outubro, representando um aumento de 34% em comparação com o cálculo de duas semanas atrás, demonstrando tendência de alta.

Nas últimas 24 horas foram registrados 848 óbitos, totalizando 179.032 vidas perdidas para o novo coronavírus. Foram notificados também 54.203 novos casos da doença, elevando para 6.730.118 o número de infectados pelo Sars-CoV-2.

Além disso, nas últimas semanas, governadores e prefeitos vêm pressionando o governo por uma ação mais efetiva e clara da União para garantir a vacinação contra a Covid-19 no Brasil. Eles criticam a falta de coordenação do governo federal e cobram a compra de vacinas e um plano nacional de imunização para o país.

Bolsonaro, no entanto, disse que o governo "fez o possível" e acertou "desde o primeiro momento" em sugerir o uso da hidroxicloroquina no tratamento da doença, apesar de não haver comprovação científica da eficácia do medicamento contra a Covid-19.

— Não temos notícias dos nossos irmãos da África com grande quantidade de mortes por causa do Covid. E todos esperavam justamente o contrário: que pessoas com alguma deficiência alimentar, pessoas mais pobres fossem ser em maior quantidade vitimadas. E não foram por que? Porque lá eles tratam, porque há muito, infelizmente, a malária, e o elemento chegava com malária e Covid e era tratado com hidroxicloroquina e ficava bom. Precisa ser muito inteligente para entender que a hidroxicloroquina serve para as duas coisas? Não precisa ser muito inteligente, é uma coisa óbvia — disse, acrescentando:

— E aqueles que me criticavam "não tem comprovação científica". Sim, sempre disse que não tinha, mas é um remédio usado há 70 anos no brasil para a malária e para lúpus. Por que a politização disso? — afirmou.

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