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Eles querem um cadáver: tumultuam a eleição para adiá-las

Roberto Jefferson é um terrorista de extrema-direita a serviço de Jair Bolsonaro

Foto: O GloboRoberto Jefferson e Bolsonaro
Roberto Jefferson e Bolsonaro

Veja o que diz o jornalista Kiko Nogueira

Roberto Jefferson é um terrorista de extrema-direita a serviço de Jair Bolsonaro.

O que esse biltre quer é incendiar o Brasil. Atendeu ao apito do cachorro de Bolsonaro e tenta estimular um levante com outros radicais picaretas para tumultuar as eleições.

Ameaçou se suicidar, como um mártir da Al-Qaeda. Cometeu dois crimes, para começo de conversa: resistência à prisão e tentativa de homicídio.

O ex-deputado federal recebeu à bala em sua casa a Polícia Federal no início da tarde deste domingo (23) na cidade de Comendador Levy Gasparian (RJ).

Jefferson postou diversos vídeos mostrando o monitor de sua televisão com as imagens da batida. Uma das imagens mostra o pára-brisas de uma viatura com marca de tiro. Noutra aparece um rastro de sangue perto da roda.

“Eles atiraram em mim eu atirei neles. Estou dentro de casa mas eles estão me cercando. Vai piorar muito. Eu não me entrego. Vou cair de pé como homem que sou”, disse ele no vídeo. “Eu não vou me entregar. Chega, me cansei de ser vítima de arbítrio e abuso. Eu vou enfrentá-los. Em nome da liberdade do respeito da família, da vida pública. Não vou me entregar.”

Agentes foram feridos. O canalha alega que só atirou “no carro perto deles.”

A PF cumpria mandado de prisão ordenado pelo STF por suspeita de que ele coordenaria ataques para desestabilizar o pleito. Ele guarda um arsenal de armas em sua casa de forma irregular.

Jefferson cumpre prisão domiciliar e usa uma tornozeleira eletrônica. Como conseguiu os armamentos? Ninguém fiscalizou? Ele tentou se candidatar à presidência nestas eleições, mas teve a candidatura indeferida. Seu laranja é o Padre Kelmon. 

O pulha desafia as instituições há anos, se vitimizando. A uma semana da eleição fabrica essa crise. A sobrevivência da democracia depende da saída de cena dessa gangue.

E agora veja a opinião do jornalista Renato Rovai 

Roberto Jefferson é um dos maiores aliados de Bolsonaro. Ele se lançou candidato a presidente pra poder atacar Lula. Como estava preso e não pôde ser candidato, lançou Padre Kelmon, que fez este serviço com autorização da Globo no principal debate do 1o turno.

Jefferson agora dá o pontapé da reta final da campanha do bolsonarismo, que é a de tentar ganhar na bala se perder a eleição. 

Jefferson provocou sua prisão. Ele tem 50 anos de vida pública e sabia qual seria o resultado do crime que cometeu. Sua prisão domiciliar seria revogada. E para resistir se armou até com granada.

Agora fala em se suicidar. É improvável que isso aconteça.  Mas o bolsonarismo está louco por um cadáver para poder tomar as ruas nesta semana final e transformar o país numa batalha campal.

Bolsonaro quer todos os seus Jeffersons atirando pelas ruas para que a eleição seja adiada.

Com isso teria mais tempo de agir e buscar alguma ação contra o STF e o processo eleitoral. Tentando até uma ação das Forças Armadas.

Sim, amigos, é tudo uma loucura. Mas o fascismo é assim. A lógica do fascismo é avançar sobre todos os limites.

É necessário prender Roberto Jefferson com cuidado e impedir que ele use sua casa como um bunker da desestabilização do país.

Ao mesmo tempo, não dá pra permitir que o Ministério da Justiça participe disso, porque o governo Bolsonaro é cúmplice do crime.

Bora pras ruas fazer campanha. Não entrem na narrativa do fascismo.

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