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Disputa entre Boulos, Moro e Eduardo Bolsonaro para a Câmara dos Deputados deverá polarizar a eleição

Em 2018, Eduardo Bolsonaro foi o deputado mais votado. Boulos quer tirar o pódio do filho de Bolsonaro, e agora Moro entra na briga

Foto: ReproduçãoEduardo, Moro e Boulos
Eduardo, Moro e Boulos


247 - Para além da eleição presidencial, o pleito em São Paulo também promete ser disputado e polarizado. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi o mais votado no estado em 2018, na esteira dos votos que levaram seu pai, Jair Bolsonaro (PL), ao Palácio do Planalto. Em 2022, ele pode ter mais dificuldades para repetir o feito.

Líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos (PSOL) trocou sua pré-candidatura ao governo de São Paulo para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. Na ocasião da troca de candidatura, Boulos deixou claro que um de seus objetivos era impedir que Eduardo Bolsonaro fosse novamente o deputado mais votado em São Paulo.

De lá para cá, mais um personagem entrou na disputa: o ex-juiz parcial Sergio Moro, que trocou o Podemos pelo União Brasil e abandonou sua candidatura presidencial. O União Brasil é o partido mais rico do Congresso Nacional. Na campanha pela Presidência, Moro não vinha tendo bom resultado. Ele estava, ao lado do presidenciável Ciro Gomes (PDT), em terceiro ou quarto lugar, bem longe de Bolsonaro e do ex-presidente Lula (PT), líder de intenções de voto.

Se no cenário nacional Moro tinha desempenho pífio, em São Paulo o jogo pode mudar. O ex-juiz, que ganhou notoriedade à frente da Lava Jato, apesar de todos os prejuízos que causou ao Brasil, pode ser um puxador de votos para o União Brasil e concorrer com Boulos e Eduardo Bolsonaro para ser o mais votado. Segundo Guilherme Amado, do Metrópoles, é isto que o União Brasil espera do ex-juiz parcial.

Pelo Twitter, Boulos ironizou a filiação de Moro ao novo partido, lembrando que o União Brasil é fruto da fusão entre DEM e PSL, partido que abrigou Bolsonaro em 2018. No fim das contas, apontou Boulos, a 'terceira via' e Bolsonaro são a mesma coisa.

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