Política

Depois da derrota em 2022, o bolsonarismo sofre seu maior golpe

Nem praias privadas, nem mais cores roubadas


Foto: Montagem Pensar PiauíDepois da derrota em 2022, o bolsonarismo sofre seu maior golpe
Depois da derrota em 2022, o bolsonarismo sofre seu maior golpe

Por Ricardo Noblat, jornalista, no Metrópoles

A mais contundente crítica a Bolsonaro e ao bolsonarismo, sem precisar mencioná-los diretamente, foi feita pelo povo LGBTQIA+ na parada gay que lotou as duas pistas da Avenida Paulista, em São Paulo, uma vez que a outra pista estava em obras.

Bolsonaro e o bolsonarismo se apoderaram das cores verde e amarela da bandeira do Brasil e não as largaram durante a campanha de 2018, o desgoverno de 2019 até o final de 2022, e o pós tentativa de golpe do 8 de janeiro do ano seguinte. Virou patrimônio deles.

Na campanha presidencial de Lula, o PT ensaiou resgatar as cores, mas desistiu. Acabou predominando o vermelho, com o branco aparecendo aqui e acolá, mas sem conseguir se impor. Bastou uma tarde para que o povo LGBTQIA+ desse conta da tarefa.

E sem precisar atacar quem quer que seja, sem tomar partido, sem fechar a cara, sem troca de desaforos, sem um tapa em ninguém. Com alegria de sobra, beijos mil pelo Brasil, por eles mesmos e por quem mais quisesse amor – inclusive bolsonaristas enrustidos.

Sem dizer o que era, foi o maior protesto político que o país assistiu desde que o verde e amarelo se tornaram privativos de um só lado de todas as discussões travadas desde junho de 2003, quando a direita tomou as ruas da esquerda e ali permaneceu até à queda do seu ídolo.

Doravante, as imagens produzidas certamente serão mostradas nas redes sociais cada vez que Bolsonaro e seus órfãos se reunirem em espaços públicos. Uma competição desigual: o amor e a alegria de um lado, a raiva e o ódio do outro.

Pabllo Vittar para presidente! Ora, por que não?

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