Política

Damares desviou verbas de atenção à mulheres vulneráveis para laranjas

O dinheiro deveria ser destinado a um programa de formação profissional para adolescentes e mulheres internas do sistema penitenciário


Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilDamares Alves (Republicanos-DF), senadora e ex-ministra de Bolsonaro
Damares Alves (Republicanos-DF), senadora e ex-ministra de Bolsonaro

Em relatório divulgado pela Controladoria-Geral da União (CGU) na terça-feira (11) o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do Governo Bolsonaro, comandado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), apontou que ela liberou dinheiro para duas ONGs envolvidas em esquema de fraude de documentos, contrataçõe ilegais e desvios dos recursos. As verbas deveriam atender a projetos sociais.

O dinheiro repassado pelo ministério de Damares às ONGs Instituto de Desenvolvimento Social e Humano do Brasil (IDSH) e Instituto Nacional de Desenvolvimento Humano (Inadh), deveria ser destinado a um programa de formação profissional para adolescentes e mulheres internas do sistema penitenciário e de vítimas de violência, mas foi para laranjas.

O prejuízo está na ordem de R$ 2,5 milhões. Mas as ONGs somadas possuem contratos que envolvem verbas públicas federais da ordem de R$ 30 milhões segundo o Portal da Transparência. Uma das empresas beneficiadas foi a Globo Soluções Tecnológicas. Ao todo, recebeu R$ 11,7 milhões. É uma típica “empresa fantasma”. Não possui funcionários e sua sede, conforme aponta a Receita Federal, jaz em um humilde barraco em favela no interior do Rio de Janeiro.

Sara Vicente Bibiano, a sócia-administrativa da empresa, é a provável laranja. Outro é Clayton Elias Motta, sócio da Total Service Rio LTDA. 

Damares nega as acusações.  “A solicitação de auditoria foi realizada no dia 11 de fevereiro de 2022, por meio de ofício, diante de fortes indícios de irregularidades detectados por ocasião de análise de mapeamento de riscos”, declarou.

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