Saúde

CPI: “Um pedaço das mortes é responsabilidade direta do presidente”, diz epidemiologista

Pedro Hallal afirmou também que os senadores governistas podem defender ações do governo federal, mas as do presidente são indefensáveis

  • quinta-feira, 24 de junho de 2021

Foto: Agência SenadoPedro Hallal na CPI da Covid
Pedro Hallal na CPI da Covid

O epidemiologista e ex-reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pedro Hallal, afirmou, nesta quinta-feira (24/6), que o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), tem responsabilidade direta por parte das mortes por Covid-19.

“Tenho tranquilidade em dizer que um pedaço dessas mortes é de responsabilidade direta do presidente da República, que não é uma figura que se esconde a atrás do governo federal”, declarou Hallal à CPI da Covid.

Segundo ele, quem disse que “a vacina transforma a pessoa em jacaré foi o presidente da República, não foi o governo federal. Quem disse que não ia comprar a vacina da China foi o presidente da República. Muitas vezes a gente confunde a instituição com a pessoa”, continuou.

“Os senadores da base governista são tranquilamente capazes de defender as ações do governo federal, mas as do presidente da República são indefensáveis”, acrescentou.

Mais cedo, Hallal destacou que, ao menos, 400 mil das 507 mil mortes poderiam ter sido evitadas no Brasil se o governo federal não tivesse ignorado as primeiras ofertas de vacinas e tivesse adotado medidas necessárias para frear o vírus.

A audiência pública contou também com a participação da diretora-executiva da Anistia Internacional Jurema Werneck. O encontro foi para debater a condução da pandemia de Covid-19 no Brasil.

Foto: Agência SenadoJurema Werneck na CPI da Covid
Jurema Werneck na CPI da Covid

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