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Bolsonaro critica Fachin, Moraes e Barroso: “Lula é o candidato deles”

Presidente disse ainda que os três ministros do TSE ficam “fustigando” o governo e usando o poder que possuem contra bolsonaristas

Foto: ReproduçãoBolsonaro e os ministros
Bolsonaro e os ministros

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta quarta-feira (15/6), que os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barrosotêm como candidato nas eleições de 2022 o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Barroso é ex-presidente da Corte eleitoral. Ele foi sucedido por Fachin. Alexandre de Moraes, por sua vez, vai assumir o comando do TSE em 16 de agosto e estará à frente da Justiça Eleitoral durante o pleito de 2022.

“Eles ficam o tempo todo – Alexandre de Moraes, Fachin e Barroso – fustigando o governo, usando o poder que eles têm no Supremo para questionar o tempo todo”, afirmou Bolsonaro em entrevista à jornalista Leda Nagle, pelo YouTube.

Na sequência, o chefe do Executivo foi questionado se considera que os ministros querem impedir sua candidatura, ao que ele respondeu:

“Não há dúvida. Vão conseguir? Eu acho que eles podem fazer tumulto. Eles podem, até lá, cassar o meu registro. Alguns dias depois, o pleno, por exemplo, desfaz. Mas fica aquela imagem para o Brasil todo. ‘Por que cassou o registro dele?’ Pensa logo em corrupção. Para desgastar, para ajudar o Lula. O Lula é o candidato desses três, eu não tenho dúvida disso. O Lula é o candidato do Fachin, do Barroso, do Alexandre de Moraes. Eles não fazem nada do outro lado, só do meu lado. Isso é claríssimo o que está acontecendo”.

O mandatário afirmou ainda que “há muito tempo” eles estão fora das quatro linhas da Constituição, em uma referência ao que considera ilegalidade nas decisões.

Bolsonaro tem elevado o tom nos ataques ao Judiciário e seus representantes. Na semana passada, ao comentar o marco temporal na demarcação de terras indígenas no Brasil, o presidente disse não ser mais do tempo em que decisão judicial se cumpre.

“Eu fui do tempo em que decisão do Supremo não se discute, se cumpre. Eu fui desse tempo. Não sou mais. Certas medidas saltam aos olhos dos leigos. É inacreditável o que fazem. Querem prejudicar a mim e prejudicam o Brasil”, declarou.

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