Vídeos: explosão destrói barragem de usina na Ucrânia

Foto: Divulgação
Barragem

 

éassim - Um ataque destruiu a represa de Nova Kakhovka, na região de Kherson, no sul da Ucrânia. O reservatório atende a usina nuclear de Zaporizhzhia, uma das maiores da Europa.

O nível da água subiu 5 metros depois da explosão, e moradores do entorno do rio Dnipro, por onde passa a barragem, já deixaram suas casas, que ficaram alagadas.

A barragem, com 30 metros de altura e 3,2 km de comprimento, foi construída em 1956 no rio Dnipro como parte da central hidroelétrica de Kakhovka e possui um reservatório de 18 km³ que também fornece água à península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, e à central nuclear de Zaporíjia, que também está sob controlo russo.

Não foi confirmado qual lado destruiu a represa: Ucrânia ou Rússia. Moscou e Kiev trocam acusações sobre origem do ataque.

A Ucrânia afirmou que a destruição da barragem aumenta rapidamente o risco de uma “catástrofe nuclear” na central de Zaporizhzhia, que usa água da represa atingida para sua refrigeração, mas a Rússia e a Agência Internacional de Energia Nuclear (AIEA) descartaram um perigo imediato.

Pelas redes sociais, Zelenskyy acusa “terroristas russos” de serem os responsáveis por este ataque. O Presidente ucraniano convocou uma reunião do Conselho de Segurança Nacional depois do “crime de guerra” russo, afirmou seu chefe de gabinete, Andriy Yermak.

Do outro lado, o governador de Kherson nomeado pela Rússia, Andrey Alekseyenko, disse que nenhuma grande cidade está sob ameaça de inundação após o aumento de entre “dois e quatro metros” do nível da água.

Risco nuclear

O Ministério ucraniano do Interior informou que a barragem de Kakhovka tinha explodido e apelou aos moradores de 10 localidades na margem direita do rio e na cidade de Kherson para reunirem documentos essenciais e animais de estimação, desligarem a eletricidade e partirem. 16 mil pessoas estão na chamada “zona de risco”.

A barragem de Kakhovka, tomada no início da ofensiva russa na Ucrânia, abastece a península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014, e também fornece água de resfriamento para a central nuclear de Zaporizhzhia.

Por este motivo, há um alerta para o risco de uma “catástrofe nuclear” na central, a maior da Europa, “aumentar rapidamente” após a destruição parcial da barragem. Os alertas foram rebatidos pelo governante russo local e pela AIEA.

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